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Economia

Fábricas chinesas fazem preparativos de guerra contra Covid

Fim repentino de restrições que mantiveram o vírus sob controle por quase três anos será um desafio para uma vasta rede de fábricas que respondem por quase um terço da atividade industrial global.

Do confinamento de trabalhadores ao acúmulo de remédios, camas e desinfetantes, as fábricas chinesas fazem de tudo para manter as linhas de produção funcionando à medida que uma enxurrada de surtos de Covid se aproxima.

O fim repentino de restrições que mantiveram o vírus sob controle por quase três anos será um desafio para uma vasta rede de fábricas que respondem por quase um terço da atividade industrial global. Essas plantas agora estão tomando medidas extraordinárias para evitar infecções.

A Sinopec, por exemplo, compara a tarefa à frente a travar uma guerra. A gigante chinesa de refino de petróleo repassou os planos de manter a produção estável com a equipe mais de 30 vezes, isolou alguns funcionários do restante da força de trabalho e eliminou licenças. A fabricante de veículos elétricos Nio comprou caminhões de suprimentos médicos e equipamentos para a equipe como parte de um plano para manter as linhas de produção funcionando.

Os surtos têm o potencial de prejudicar a produção e ameaçar o fornecimento global de tudo, desde automóveis e carrinhos de golfe a utensílios de cozinha e, é claro, iPhones.

As batalhas para manter as linhas de produção nos EUA e Europa durante a pandemia devem servir de alerta para a China sobre a dificuldade de impedir completamente a entrada do vírus nas fábricas.

“A experiência no resto do mundo é que você não consegue deter o vírus”, disse Maximilian Butek, chefe da Câmara de Comércio Alemã em Xangai. “As empresas correm o risco de todos os funcionários serem infectados e não ter ninguém na fábrica.” Os diretores da câmara incluem executivos da Volkswagen, Bayer e Siemens.

Depois de anos testando e rastreando seus cidadãos, a China abandonou abruptamente essa abordagem com o fim do Covid Zero. A reabertura rápida pode resultar em cerca de 5 milhões de pessoas hospitalizadas e até 700.000 mortes, de acordo com Sam Fazeli, analista-chefe de setor farmacêutico da Bloomberg Intelligence.

As infecções já abalaram o setor financeiro da China, com um número elevado de operadores faltando ao trabalho. As fábricas, localizadas principalmente em cinturões industriais, são as próximas na fila.

Moradores fazem fila em uma clínica de febre em Pequim, em 13 de dezembro/Créditos: Bloomberg

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