Com a expectativa de que o Federal Reserve aumente sua taxa de juros em 0,75 ponto percentual nesta quarta-feira (27) para combater a inflação, o foco mudará para uma avaliação sobre a profundidade com que os sinais de desaceleração econômica têm influenciado seus membros.
O aumento esperado da taxa básica, a principal ferramenta do Fed na tentativa de baixar a inflação de uma máxima de quatro décadas, levará o banco central dos EUA a uma espécie de março já que chegará ao nível de cerca de 2,4% que se estima que não encoraja mais a atividade econômica.
Isso representará uma das mudanças mais rápidas na política monetária dos EUA – há pouco mais de quatro meses a taxa de juros era quase zero e o Fed estava comprando bilhões de dólares em títulos a cada mês para ajudar a economia a se recuperar da pandemia de Covid-19.
Mas embora tenha havido pouco progresso ainda na luta contra a inflação, sinais de estresse econômico estão se acumulando – e aumentando as apostas para os membros do Fed conforme eles avaliam o quanto a política monetária precisa ser apertada para diminuir os aumentos de preços em meio ao risco de que ir longe demais poderia desencadear uma recessão.
Mesmo antes da reunião política desta semana, o problema da inflação foi considerado tão grave que os investidores avaliaram haver uma chance em quatro de o Fed surpreender os mercados com um aumento maior de 1 ponto percentual.
À medida que o impacto do Fed na economia se torna mais aparente, a questão agora é se ele está correndo o risco de exagerar.
Partes do mercado de títulos dos EUA estão sinalizando uma maior probabilidade de recessão, com os rendimentos em notas do Tesouro dos EUA de 2 anos agora mais altos do que os de 10 anos, um possível sinal de perda de confiança no crescimento econômico a curto prazo e refletindo uma possibilidade de o Fed ser forçado a cortar os juros dentro de um período de tempo relativamente curto.
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