A presidente da distrital do Federal Reserve (Fed) em Cleveland, Loretta Mester, disse nesta quarta-feira (31) que é muito cedo ainda para concluir que a inflação nos EUA já atingiu o pico, ressaltando que o Fed tem mais trabalho pela frente para controlar os preços.
Mester, que vota nas reuniões de política monetária do Fed este ano, prevê que o BC dos EUA precisará continuar elevando seus juros básicos para até “um pouco mais” de 4% até o começo de 2023 e, posteriormente, mantê-los nesse nível.
“Não prevejo que o Fed cortará juros no próximo ano”, afirmou Mester, em discurso feito durante evento da Câmara de Comércio da área de Dayton (Ohio). Ela disse também que o tamanho dos aumentos de juros em cada reunião do Fed e a taxa final dos juros dependerão da perspectiva inflacionária.
Sobre a economia, Mester disse não acreditar que os EUA estejam atualmente em recessão, uma vez que seu mercado de trabalho continua muito forte, mas admitiu que os riscos de uma contração do Produto Interno Bruto (PIB) americano nos próximos dois anos aumentaram.
Ela previu ainda que a taxa de desemprego deverá subir para mais de 4% até o fim de 2023, à medida que o mercado de trabalho desacelerar.
Veja também
- Dólar a R$ 6,00 e pressão sobre os juros: o contágio do ‘Trump trade’ para o Brasil
- Inflação acelera no Brasil e México com alta no preço de alimentos e energia
- Eventual vitória de Trump nos EUA amplia pressão de alta do dólar no Brasil
- Efeitos da estiagem sobre energia e alimentos pressionam IPCA em setembro
- Inflação nos EUA tem alta moderada em agosto e reforça previsão de corte de juros na próxima semana