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Economia

Ficou sabendo? Demanda de viagens crescerá 3,2%; crédito do consumidor cai 1,9%

Estimativa de voos vem um pouco abaixo da taxa de 3,3% prevista no ano passado.

Embraer: demanda global por viagens aéreas crescerá 3,2% ao ano nos próximos 20 anos

A Embraer (EMBR3) divulgou nesta terça-feira (19) estudo de perspectivas de mercado para os próximos 20 anos no segmento de aeronaves comerciais de até 150 assentos. No documento, a fabricante brasileira estima que a demanda global por viagens aéreas (RPK) crescerá 3,2% ao ano nos próximos 20 anos.

A estimativa vem um pouco abaixo da taxa de 3,3% prevista no ano passado. “O crescimento mais fraco reflete a desaceleração de curto prazo da economia global, os efeitos da pandemia e o impacto do conflito Rússia-Ucrânia”, destacou a empresa no comunicado. Espera-se que a demanda (RPK) retorne aos níveis de 2019, pré-pandemia, até 2024.

Ainda conforme o documento, as tendências de aumento da digitalização (home office e videoconferências) e regionalização (relocalização produtiva ou reshoring), que surgiram no início da pandemia, vão impulsionar a demanda por aeronaves de menor capacidade.

“A adequação da capacidade à demanda é a maneira mais sustentável de capturar as oportunidades de crescimento no mundo pós-pandemia. Novas tecnologias verdes tendem a se concentrar em aeronaves de menor porte, em que as inovações são inicialmente aplicadas antes da introdução em plataformas maiores. Nesse contexto, aviões menores são elementos-chave para viagens aéreas mais sustentáveis, além de melhorar igualmente a conectividade”, diz a Embraer no comunicado.

Segundo a companhia, o forte crescimento do comércio eletrônico está abrindo novos mercados para aeronaves de carga com menor capacidade, impulsionando a demanda por conversões de passageiros para cargueiros.

Conforme a Embraer, a demanda global por novas aeronaves de até 150 assentos deve atingir 10.950 unidades nos próximos 20 anos, sendo 8.670 jatos e 2.280 turboélices. O valor de mercado de todas as novas aeronaves, no período, deve atingir US$ 650 bilhões.

A taxa de crescimento anual da demanda no período, por região, deve ser de 4,3% para Ásia-Pacífico (incluindo China); América Latina 4%, África 3,8%, Oriente Médio 3,2%, Europa 2,3%, América do Norte 2% e, a média global, avanço de 3,2%.

Até o final de 2041, a região Ásia-Pacífico deve responder por 42% da demanda (RPK) e, Europa e América do Norte, por 38%.

Demanda por crédito do consumidor recua 1,9% em junho, 3ª baixa seguida

A demanda por crédito do consumidor recuou 1,9% em junho, a terceira queda consecutiva na comparação mensal dessazonalizada. O resultado levou a baixa de 7,2% no segundo trimestre do ano em comparação ao primeiro trimestre. Em 12 meses, a alta acumulada foi de 9,1% – menor do que a apurada em maio, de 10,1%.

Na abertura, o segmento Financeiro apresentou queda maior do que o Não Financeiro – de 2,4% e 1,6%, respectivamente, na margem. Na comparação trimestral, por outro lado, o recuo maior foi apurado no critério Não Financeiro, de 7,8%, contra 6,4% do Financeiro. Já, no acumulado em 12 meses, o segmento Financeiro avançou 17,4% e o Não Financeiro, 3,6%.

O economista Flavio Calife, da Boa Vista, classificou a desaceleração da demanda como “já esperada”. “O crédito ainda é muito forte e deverá encerrar o ano em alta, mas essa tendência deve ser mantida ao longo do próximo semestre. O custo do crédito é elevado e essa é a principal razão que justifica essa expectativa de desaceleração, não apenas do crédito, como também, da economia”, disse, em nota.

De acordo com Calife, o custo deve continuar em trajetória de alta devido aos processos de aperto monetário e de elevação do spread – acompanhando a tendência de alta projetada nas taxas de inadimplência do consumidor.

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