O principal economista do Goldman Sachs (GSGI34) disse que ainda há um caminho “muito plausível” para a economia dos EUA evitar uma recessão, apesar do aperto agressivo de juros do Federal Reserve e das incertezas geopolíticas.
O banco manteve uma probabilidade de 35% de que a maior economia do mundo entre em contração nos próximos 12 meses, bem abaixo do consenso de Wall Street.
Os passos para evitar uma recessão incluem uma moderação na atividade econômica e uma desaceleração no crescimento nominal dos salários, assim como um alívio da inflação e um reequilíbrio do mercado de trabalho.
“A transição para um crescimento abaixo da tendência, mas ainda positivo, já ocorreu e parece durável”, disse Jan Hatzius, economista-chefe do Goldman, em nota.
Sua visão é atípica em Wall Street. Um número crescente de economistas acredita que será necessária uma recessão para que o Fed atinja seu objetivo de esfriar as pressões sobre os preços. A probabilidade de uma recessão nos próximos 12 meses está em 60%, acima dos 50% em setembro e o dobro do que era estimado há seis meses, de acordo com levantamento da Bloomberg com economistas.
O próprio presidente do Fed, Jerome Powell, disse que ainda é possível que os EUA evitem uma recessão, embora reconheça que a janela para isso ficou mais estreita diante da persistência da inflação.
Enquanto os EUA podem escapar de uma recessão, a zona do euro e o Reino Unido não, de acordo com Goldman.
Hatzius estima que uma recessão provavelmente começará no quarto trimestre na zona do euro, e provavelmente começou no último trimestre no Reino Unido. A principal diferença é a renda familiar real disponível, que provavelmente cairá ainda mais na Europa, “em grande parte por causa do aumento muito maior e mais prolongado nas contas de aquecimento doméstico”.
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