O ministro da Casa Civil, Rui Costa, negou nesta quinta-feira (15) que o governo tenha planos de estender o programa de incentivo ao setor automotivo atualmente em vigor.
Segundo o ministro, o sucesso do programa que concede crédito tributário a empresas que se disponham a oferecer descontos atesta a aposta do governo segundo a qual a oferta de crédito estimula o consumo e o crescimento econômico.
“Não está no planejamento do governo”, disse Costa após reunião ministerial de mais de 9 horas de duração com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Costa disse ainda que durante a conversa, membros do governo comemoraram os recentes números da economia.
Programa de descontos
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio de Serviços (MDIC) divulgou na quarta-feira (14) que nove montadoras aderiam ao programa lançado pelo governo federal para baratear o preço do carro popular com valor de até R$ 120 mil. Veja aqui a relação das faixas de desconto por ordem alfabética ou dos modelos pelo valor do desconto em ordem decrescente.
Os consumidores poderão comprar com desconto 233 versões de 31 modelos das montadoras Renault, Volks, Toyota, Hyundai, Nissan, Honda, GM, Fiat e Peugeot. Os descontos para os carros vão de R$ 2 mil a R$ 8 mil, podendo alcançar valores maiores a critério de fábricas e concessionárias.
De acordo com as regras do governo, a definição das faixas de desconto levou em conta três critérios: menor preço, eficiência energética e conteúdo nacional. Quanto maior a pontuação nesses critérios, maior o desconto.
O programa foi lançado pelo governo federal em 5 de maio deste ano. As empresas que concederem o desconto contarão com crédito tributário junto à União.
O custo total para o governo é de R$ 1,5 bilhão. Desse total, R$ 500 milhões servirão para a parcela voltada aos carros, R$ 700 milhões para caminhões e R$ 300 milhões para ônibus e vans. Para conseguir o desconto, donos de caminhões, vans e ônibus terão de comprovar que estão tirando de circulação veículos com mais de 20 anos de uso.
Nos primeiros 15 dias de programa, a venda dos carros populares com desconto será exclusiva para pessoas físicas – prazo que, conforme o governo, pode ser prorrogado por até 60 dias, a depender da adesão e resposta do mercado.
De acordo com o governo, a previsão é de que o programa dure até 120 dias, mas pode acabar antes, à medida que o valor total destinado ao subsídio, de R$ 1,5 bilhão, acabar.
Ônibus e caminhões
Já o crédito para renovação da frota de caminhões teve adesão de dez montadoras, com volume total de R$ 100 milhões, ou 14% do teto de R$ 700 milhões em créditos tributários.
A adesão para o crédito dos ônibus foi de nove montadoras, com volume total de R$ 90 milhões, ou 30% do teto disponível, que é de R$ 300 milhões.
Caminhões: Volkswagen Truck, Mercedes-Benz, Scania, Fiat Chrysler, Peugeot Citroen, Volvo, Ford, Iveco, Mercedes-Benz Cars & Vans e Daf Caminhões.
Ônibus: Mercedes-Benz, Scania, Fiat Chrysler, Mercedes-Benz Cars & Vans, Comil, Ciferal, Marcopolo, Volare e Iveco.
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