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Economia

Ibovespa recua liderado por tombo de Cogna e com BC mais conservador

Ibovespa muda de sinal e recua, em meio a ajustes após três altas seguidas

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) – O Ibovespa mudou de sinal e recuava nesta quinta-feira, em meio a ajustes após três altas seguidas, com as ações da Cogna desabando após resultado trimestral, enquanto LWSA era um dos destaques positivos com repercussão positiva ao balanço.

Às 11:38, o Ibovespa caía 0,53%, a 128.443,17 pontos, após acumular alta de quase 1,9% nos últimos três pregões. Mais cedo, na máxima, avançou a 129.555,91 pontos. Na mínima, chegou a 128.364,44 pontos.

O volume financeiro somava 5,3 bilhões de reais.

Investidores também repercutiam decisão do Banco Central, na noite de véspera, de reduzir a Selic a 10,75%, conforme previam economistas, e mudar sua orientação futura, sinalizando mais um corte de 0,50 ponto percentual apenas na próxima reunião.

Desde agosto, quando o BC deu início a uma sequência de cortes de 0,5 ponto na Selic, a autarquia afirmava que antevia reduções equivalentes “nas próximas reuniões”, no plural, em se confirmando o cenário esperado. Agora, optou pelo singular.

Para a equipe da Mirae Asset Wealth Management CCTVM, o BC adotou uma postura conservadora encurtando o guidance, deixando futuras decisões em aberto devido às incertezas domésticas, conforme nota enviada a clientes mais cedo nesta quinta-feira.

No exterior, Wall Street tinha uma sessão positiva, com o S&P 500 avançando 0,59%, enquanto o rendimento de 10 anos do Tesouro dos Estados Unidos marcava 4,2768%, de 4,271% na véspera.

DESTAQUES

– COGNA ON caía 9,29%, a 2,44 reais, após prejuízo líquido ajustado de 373,6 milhões de reais no quarto trimestre do ano passado, revertendo lucro líquido de 76,15 milhões de reais um ano antes, em desempenho afetado por efeito tributário.

– ALLOS ON recuava 1,81%, a 24,42 reais, mesmo após aumento de 30,5% no lucro líquido no quarto trimestre do ano passado. A companhia ainda divulgou previsões e revisou a projeção de sinergias com a união entre BrMalls e Aliansce Sonae a 210 milhões de reais anuais até o final do ano de 2028.

– PETZ ON perdia 1,80%, a 4,90 reais, em dia de ajustes, após forte valorização desde o mês passado. Mais cedo a companhia disse que o fundador e presidente-executivo da companhia, Sergio Zimerman, aumentou sua participação na rede de varejo de produtos e serviços para animais.

– LWSA ON subia 1,01%, a 6,00 reais, em meio à repercussão positiva dos números do quarto trimestre da companhia, que mostrou aumento de 41,5% no resultado operacional medido pelo Ebitda ajustado. A companhia também afirmou que teve um bom “booking”, com “muita loja nova”, em janeiro.

– SUZANO ON avançava 1,03%, a 62,70 reais, tendo como pano de fundo anúncio nesta quinta-feira de novos aumentos no preço da tonelada de celulose vendida a clientes na Ásia, Europa e América do Norte a partir de abril. No setor, KLABIN UNIT valorizava-se 1,33%.

– VALE ON tinha elevação de 0,19%, a 61,93 reais, apoiada pela alta dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China DCIOcv1 encerrou as negociações do dia com alta de 2,72%.

– PETROBRAS PN recuava 0,71%, a 36,44 reais, em dia de queda do petróleo no exterior, onde o barril Brent perdia 0,43%. A estatal recebeu as indicações da União e de acionistas minoritários para o conselho de administração, enquanto o ministro da Casa Civil disse que não enxerga uma crise na estatal após decisão sobre dividendos extraordinários.

– ITAÚ UNIBANCO PN cedia 1,35%, a 34,33 reais, enquanto BRADESCO PN caía 1,05%, a 14,15 reais.

– VIVARA ON desabava 7,74%, a 24,69 reais, após resultado trimestral com aumento na receita líquida no último trimestre do ano passado, mas piora em margens, enquanto permanecem dúvidas sobre a recente troca no comando.

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