O Ibovespa fechou em alta nesta sexta-feira (19), de volta ao patamar dos 125 mil pontos, puxado pela valorização nas ações da Vale e da Petrobras, enquanto os papéis da Petz dispararam mais de 37% após acerto para união com a Cobasi.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,75%, a 125.124,3 pontos, embora tenha acumulado perda semanal de 0,65%. Na máxima do dia, chegou a 125.508,91 pontos. Na mínima, a 124.056,03 pontos. O volume financeiro somou R$ 29,2 bilhões.
Segundo o analista de investimentos Gabriel Mollo, do Banco Daycoval, a agenda doméstica esvaziada deu espaço para que as altas de Vale e Petrobras se sobressaíssem no suporte ao índice, que fechou estável na véspera após uma sequência de quedas.
Em Wall Street, os principais índices acionários fecharam sem direção única, com balanços corporativos mistos e crescentes incertezas em relação ao momento para o Federal Reserve iniciar o ciclo de corte de juros.
O retorno de Treasury de 10 anos marcava 4,6228% no final da tarde, de 4,6470% na véspera.
Mercado americano
Dados econômicos recentes têm apontado para um mercado de trabalho forte e uma inflação persistentemente elevada na maior economia do mundo, afastando apostas de qualquer redução precoce dos juros.
Ao longo da semana, além da revisão das expectativas sobre o momento para o Fed cortar juros, os ativos brasileiros também sofreram pressão de uma deterioração das perspectivas fiscais no país.
“O interesse do investidor estrangeiro está diminuindo referente ao Brasil, principalmente pelas incertezas fiscais, pela forma como a economia está conduzindo”, destacou Renato Nobile, analista da Buena Vista Capital.
Dólar
O dólar à vista fechou em queda firme ante o real, de quase 1%, em um dia de ajustes de preços e realização de lucros após avanços firmes em sessões anteriores, enquanto no exterior a moeda norte-americana também cedia ante boa parte das demais divisas, a despeito das preocupações com os conflitos no Oriente Médio.
O dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 5,1989, em baixa de 0,99%. Na semana, porém, a moeda ainda acumulou alta de 1,52%.
No início da sessão, preocupações em torno de um ataque de Israel ao Irã deram força ao dólar em todo o mundo, em meio à busca dos investidores por ativos de segurança.
À medida que o susto com o ataque israelense diminuía o dólar foi perdendo força em todo o mundo, incluindo no Brasil. Assim como no mercado de renda fixa, onde as taxas futuras de juros passaram por ajustes de baixa após os fortes ganhos recentes, o dólar à vista virou para o negativo e acelerou as perdas no restante da sessão.
Profissionais do mercado afirmaram ser natural que, após os excessos recentes, o dólar passasse por um dia de ajustes.
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