O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) voltou a subir em dezembro sob o peso de alimentos e encerrou o ano com alta acumulada de cerca de 5%, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta sexta-feira.
O índice subiu 0,31% em dezembro, após queda de 0,18% no mês anterior, mas o resultado ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 0,5%.
Com isso, o IGP-DI encerrou 2022 com avanço acumulado de 5,03%, contra 17,74%% em 2021.
“A última edição do IGP-DI de 2022 mostra aceleração dos preços de alimentos importantes ao produtor e ao consumidor”, destacou André Braz, coordenador dos índices de preços.
No mês, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que responde por 60% do indicador geral, subiu 0,32%, de recuo de 0,43% no mês anterior, fechando o ano com alta acumulada de 4,7%.
Braz destaca que, entre os alimentos no IPA, os maiores aumentos foram registrados em bovinos (de -1,65% para 2,57%), café (de -16,66% para 5,19%) e feijão (de 4,62% para 13,18%).
A pressão para o consumidor em dezembro diminuiu uma vez que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) –que responde por 30% do IGP-DI– desacelerou a alta a 0,35% no período, de 0,57% em novembro. No acumulado de 2022, o IPC subiu 4,28%.
Transportes (0,92% para -0,07%) e Alimentação (1,06% para 0,73%) registraram decréscimo das taxas, mas entre os alimentos pressionaram o índice geral feijão carioca (de -1,57% para 6,93%) e óleo de soja (-0,69% para 1,49%).
O Índice Nacional de Custo de Construção (INCC), por sua vez, registrou desaceleração da alta a 0,09% em dezembro, de 0,36% antes, encerrando 2022 com avanço acumulado de 9,28%.
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