O reajuste dos preços dos combustíveis pressionou o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) para uma alta acima do esperado de 1,74% em março, de acordo com os dados divulgados nesta quarta-feira (30) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

O índice superou a expectativa em pesquisa da Reuters em que os analistas previam um avanço de 1,37%, depois de o indicador ter subido 1,83% em fevereiro. Com isso, o avanço acumulado em 12 meses do indicador foi a 14,77%.

“Nesta apuração, os combustíveis… começaram a influenciar os resultados da inflação ao produtor e ao consumidor. O preço do diesel avançou para 8,89% ao produtor e, o da gasolina, subiu 1,36% ao consumidor”, explicou o coordenador dos índices de preços, André Braz.

A Petrobras anunciou no começo de março alta nos preços do diesel de cerca de 25% em suas refinarias, além de aumento de quase 19% na gasolina, na esteira dos ganhos nas cotações do petróleo no mercado internacional em função da guerra na Ucrânia.

Os dados da FGV mostraram que o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, teve alta de 2,07% no mês, depois de subir 2,36% em fevereiro.