Países poderiam aproveitar as reuniões da Organização das Nações Unidas (ONU) da próxima semana em Nova York para resolver grandes divergências sobre o aumento da meta anual mundial para o financiamento climático, mas a incerteza sobre as eleições nos Estados Unidos pode comprometer o progresso antes da próxima reunião da ONU sobre o clima, prevista para novembro.
Negociadores disseram à Reuters que os países estavam relutantes em fechar suas posições antes de saber quem poderia ganhar a eleição presidencial dos Estados Unidos, que acontecerá em 5 de novembro, e definir a política climática para a maior economia – e o maior poluidor – do mundo para os próximos quatro anos.
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No entanto, se esperarem até novembro por essa resposta, os países podem estar arriscando a oportunidade de chegar a um novo acordo antes que o atual compromisso de financiamento mundial de US$ 100 bilhões expire no final deste ano, alertaram negociadores e observadores.
Os governos estão analisando diferentes cenários para possíveis vitórias da vice-presidente Kamala Harris, que, junto com o presidente Joe Biden, ajudou a aprovar a maior lei de despesas climáticas domésticas da história do país, ou do antigo presidente Donald Trump, um detrator do clima que quer impulsionar os combustíveis fósseis. Eles também estão considerando um terceiro cenário, com os Estados Unidos no limbo por meses devido a um resultado eleitoral incerto ou atrasado.
“É um entendimento velado de que a incerteza eleitoral nos EUA está afetando o posicionamento dos países”, disse o negociador financeiro Michai Robertson, da Aliança dos Pequenos Estados Insulares.
Embora alguns países ricos tenham dito que ofereceriam mais dinheiro, não dizem quanto mais e, em vez disso, querem “esperar para ver para qual direção os EUA irão”.
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