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Economia

Indicador antecedente de emprego da FGV cai a menor nível em mais de 2 anos

O IAEmp, que antecipa os rumos do mercado de trabalho no Brasil, caiu 6,7 pontos em novembro, para 73,1 pontos, menor nível desde julho de 2020.

Anúncios de emprego no centro de São Paulo. REUTERS/Amanda Perobelli

O Indicador Antecedente de Emprego do Brasil aprofundou a queda em novembro, marcando o menor nível desde meados de 2020, com todos os sete componentes do índice apresentando retração, mostraram dados divulgados nesta terça-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

O IAEmp, que antecipa os rumos do mercado de trabalho no Brasil, caiu 6,7 pontos no mês passado, para 73,1 pontos, menor nível desde julho de 2020 (66,1 pontos). Em outubro, o indicador já tinha marcando o menor nível desde abril.

Para o economista do FGV Ibre Rodolpho Tamer, contribuíram para a piora do dado a desaceleração da economia e a instabilidade relacionada ao período eleitoral.

‘A tendência para os próximos meses ainda é incerta, mas é difícil imaginar que o mercado de trabalho passe ileso de um desaquecimento econômico que deve ser registrado nessa virada para 2023’.

Rodolpho Tamer, economista do FGV Ibre

Alguns dos componentes do indicador que mais caíram no mês foram Tendência dos Negócios (-1,3 ponto) e Emprego Previsto de Serviços (-1,0 ponto).

Os dados efetivos do emprego no país ainda têm mostrado resiliência. A taxa de desemprego caiu a 8,3% nos três meses até outubro, a mais baixa para o período desde 2014. O Banco Central tem alertado, no entanto, que as surpresas positivas no mercado de trabalho podem ter chegado ao fim.

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