Por Suban Abdulla
LONDRES (Reuters) – A inflação britânica permaneceu em 4,0% em janeiro na base anual e ficou abaixo do esperado, mostraram dados oficiais, oferecendo alívio para o Banco da Inglaterra e para o primeiro-ministro Rishi Sunak antes da eleição nacional este ano.
Economistas consultados pela Reuters previam um aumento na taxa anual para 4,2%.
A inflação dos preços ao consumidor – que até recentemente era mais alta no Reino Unido do que em outras economias ricas – deve cair ainda mais nos próximos meses, abrindo caminho para que o banco central comece a cortar os custos de empréstimos, que estão na máxima de 16 anos.
Investidores aumentaram suas apostas em corte dos juros pelo Banco da Inglaterra este ano, colocando cerca de 72% de chance de uma primeira redução em junho em comparação com apenas 40% na terça-feira, após um salto na inflação dos Estados Unidos.
“De modo geral, os dados mais recentes sobre a inflação devem reassegurar ao Comitê de Política Monetária de que o momento de começar a cortar as taxas de juros está se aproximando”, disse Martin Beck, consultor econômico chefe do EY ITEM Club.
O núcleo da inflação no Reino Unido, que exclui os preços voláteis de alimentos, energia, álcool e tabaco, também ficou inalterado em 5,1%, informou o Escritório de Estatísticas Nacionais.
A inflação de serviços – um indicador das pressões internas dos preços – subiu de 6,4% em dezembro para 6,5%, mas não foi tão forte quanto o Banco da Inglaterra esperava.
O banco central britânico teme que o rápido crescimento dos salários – que compõe grande parte da taxa de inflação no setor de serviços – possa aumentar a pressão inflacionária em toda a economia.
A inflação alta afetou o padrão de vida das famílias britânicas nos últimos anos, contribuindo para o desafio eleitoral enfrentado por Sunak, cujo Partido Conservador está muito atrás do Partido Trabalhista, de oposição, nas pesquisas de opinião.
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