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Economia

IPCA de janeiro fica em 0,21%

Habitação e alimentos são destaque; após alta de 18,06% em dezembro, as carnes recuaram 4,03% em janeiro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro foi de 0,21%, enquanto, em dezembro, havia subido 1,15%. Foi o menor resultado para um mês de janeiro desde o início do Plano Real. Em janeiro de 2019, a taxa havia ficado em 0,32%. O acumulado dos últimos doze meses foi de 4,19%, abaixo dos 4,31% observados em 2018.  

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

O maior impacto no índice do mês veio do grupo Habitação, que também registrou a maior variação (0,55%) entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, puxado pelos preços do condomínio (1,39%). Outros cinco grupos também apresentaram alta, com destaque para Alimentação e bebidas (0,39%) e Transportes (0,32%). No lado das quedas, a contribuição negativa mais intensa veio da Saúde e cuidados pessoais (-0,32%). Os outros grupos ficaram entre a queda de 0,48% em Vestuário e a alta de 0,35% em Despesas pessoais.

A energia elétrica, por sua vez, registrou leve alta (0,16%). Em janeiro, foi mantida a bandeira tarifária amarela, que acrescenta na conta de luz R$ 1,34 a cada 100 quilowatts-hora consumidos. No que diz respeito ao gás de botijão (0,87%), vale ressaltar que a Petrobras aplicou um reajuste de 5,00% no preço do botijão de 13 kg, nas refinarias, desde o dia 27 de dezembro de 2019.

A desaceleração no grupo Alimentação e bebidas (de 3,38% em dezembro para 0,39% em janeiro) é resultado, principalmente, do comportamento dos preços das carnes. Após a alta de 18,06% em dezembro, as carnes recuaram 4,03% em janeiro, contribuindo com o impacto negativo mais intenso sobre o índice do mês. Com isso, a alimentação no domicílio registrou alta de 0,20%, frente aos 4,69% do IPCA de dezembro. No lado das altas, o destaque ficou com o tomate (13,72%) – cujos preços já haviam subido 21,69% no mês anterior – e com a batata-inglesa (11,02%).

No grupo dos Transportes (0,32%), o maior impacto positivo veio da gasolina (0,89%), embora esta variação tenha sido inferior à de dezembro (3,36%). O etanol (2,59%) também desacelerou em relação ao mês anterior (5,50%), contribuindo para que o IPCA dos combustíveis tenha ficado em 1,08%, abaixo dos 3,57% registrados em dezembro. Já o impacto negativo mais intenso veio das passagens aéreas (-6,75%), que haviam subido 15,62% em dezembro.

Novos hábitos e novos itens

A edição deste ano da pesquisa levou em conta os novos hábitos do consumidor brasileiro e incluiu na cesta 56 novos subitens, entre eles, o transporte por aplicativo, a integração transporte público, serviços de streaming e o pacote de telefonia, internet e TV por assinatura e até mesmo design de sobrancelhas. Para entrar na lista foram avaliadas as respostas dos consumidores e, se o artigo ou serviço tiver mais de 0,07% das despesas das famílias, o item é incluído na lista de ponderação. 

*Com Agência IBGE


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