A Justiça paulista suspendeu nesta quinta-feira (16) a falência da Livraria Cultura. A decisão é do desembargador J.B. Franco de Godoi, da 1ª Câmara Reservada de Direito Empresarial do Tribunal de Justiça de São Paulo.
Ele aceitou um pedido da empresa e suspendeu a falência que havia sido decretada no último dia 9, enquanto o recurso da empresa é analisado. “Os efeitos da convolação da recuperação judicial em falência são irreversíveis, sendo necessário reexame mais acurado do acervo probatório que lastreia a r. Sentença”, escreveu o magistrado na decisão.
Com o recurso, a empresa busca a reversão da decisão da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo que, avaliando haver descumprimento ao aditivo do plano de recuperação judicial, decretou a falência da livraria.
Crise na empresa
O pedido de recuperação judicial foi feito em 2018 pela empresa, que já somava quatro anos de caixa deficitário e alegava dificuldades em meio ao cenário econômico, aumento nos custos de produção e queda da demanda dos consumidores brasileiros por livros.
Em 2017, a Livraria Cultura tentou expandir seus negócios e incorporou, por exemplo, a Fnac, avançando para outros nichos como a venda de eletrônicos. Também fechou parceria com o Mercado Livre para a comercialização de mais de 30 mil produtos de seu portfólio e adquiriu o controle da Estante Virtual, plataforma eletrônica de comercialização de livros usados. As tentativas, porém, não surtiram efeito e o caixa da empresa continuou no vermelho.
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