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Economia

Média de casos de Covid-19 no Brasil atinge recorde desde início da pandemia

Média móvel de 7 dias chegou a 83.205 na terça-feira (18), depois que foram registrados 137.103 novos casos em 24 horas.

Médico segura estetoscópio numa UTI. 30/10/2020. REUTERS/Benoit Tessier

O aumento de casos de Covid-19 provocado pela altamente transmissível variante Ômicron do coronavírus levou a média de infecções de 7 dias do Brasil a atingir o maior patamar desde o início da pandemia, de acordo com dados das secretarias estaduais de Saúde.

A média móvel de 7 dias chegou a 83.205 na terça-feira (18), depois que foram registrados 137.103 novos casos em 24 horas — o segundo maior número diário desde o início da pandemia em março de 2020, abaixo apenas de um dia em setembro do ano passado quando houve uma readequação excepcional devido a casos represados.

O total de infecções confirmadas no país está em 23.211.894, mas especialistas alertam para a enorme subnotificação no país devido à falta de testes, que se agravou com o avanço da Ômicron nas últimas semanas.

A alta na média de casos, no entanto, não se reflete nas estatísticas de óbitos, uma vez que a taxa de vacinação do país está avançada, além de a Ômicron aparentemente ser menos letal do que variantes anteriores do coronavírus.

Média de óbitos

A média de óbitos em 7 dias ficou em 183 na terça-feira, muito inferior ao pico de 3.124 atingido em abril do ano passado, de acordo com o painel de dados da Covid do Conselho Nacional de Secretários de Saúde dos Estados (Conass).

Com o avanço da vacinação, o número de óbitos tem permanecido em patamares bem inferiores em relação ao pico da pandemia, apesar do novo avanço nos casos. Em comparação, quando o país atingiu o antigo recorde de casos em junho do ano passado, o número de óbitos confirmados naquele dia foi 2.392.

Ainda assim, as 351 mortes por Covid registradas na terça-feira representam o maior número desde 17 de novembro.

A variante Ômicron também tem provocando transtornos em diversos setores da economia e forçou Estados e municípios a restabeleceram medidas de restrição na tentativa de evitar um novo colapso no sistema de saúde.

O Brasil é o terceiro país com maior número de óbitos pela doença, atrás somente dos Estados Unidos e da Rússia, e o terceiro em contagem de casos, abaixo de EUA e Índia.

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