Os contratos futuros de minério de ferro nas bolsas de Dalian e Cingapura caíram abaixo de US$ 100 nesta sexta-feira (15) devido ao aumento dos temores de uma diminuição da demanda por aço, já que a economia da China vacilou no segundo trimestre e uma crise no setor imobiliário local parece estar piorando.
A economia da China, maior produtora de aço e consumidora de minério de ferro do mundo, contraiu 2,6% no segundo trimestre em relação ao trimestre anterior, desempenho pior que o esperado, devido aos lockdowns contra a Covid-19.
O minério de ferro mais negociado para setembro na Dalian Commodity Exchange da China caiu 10%, a 645 iuanes (US$ 95,32) a tonelada no final da sessão desta sexta-feira, após atingir mais cedo 641,50 iuanes, o menor nível desde 15 de dezembro.
O contrato recuou 13,3% esta semana, a queda mais acentuada desde meados de fevereiro.
Na Bolsa de Cingapura, o contrato do ingrediente siderúrgico para agosto caía 4%, para US$ 96,25 por tonelada, o valor mais fraco desde novembro, colocando-o no caminho para uma perda semanal de mais de 11%.
Espelhando a fraqueza na demanda de minério de ferro, a produção de aço bruto da China caiu 3,3% em junho em comparação com o ano anterior. Em relação a maio, houve retração de 6%.
As produtoras de aço chinesas estão reduzindo a atividade para ajudar a conter as emissões de carbono e diante de margens apertadas pela fraca demanda, obscurecendo as perspectivas de uma recuperação imediata no consumo de ingredientes siderúrgicos.
As siderúrgicas também estão enfrentando mais dificuldades com o mau tempo, as restrições da Covid-19 e uma crise contínua no setor imobiliário.
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