O minério de ferro chegou a ser negociado em forte alta nesta sexta-feira (7) em Singapura, diante da alta nas exportações de aço da China, mas o otimismo não se sustentou e o tombo semanal foi o pior desde o final de março.
Os futuros da matéria-prima siderúrgica subiram até 5% no início da sessão, para mais de US$ 114 a tonelada, antes de apagar os ganhos e voltar a cair para perto de US$ 108. A queda na semana foi de mais de 6%.
As exportações de aço da China subiram para 9,63 milhões de toneladas em maio, um aumento de 4,5% em relação ao mês anterior e um volume próximo ao nível mensal mais alto desde 2016 atingido em março. No acumulado do ano, houve um salto de 25%, um ritmo que coloca as exportações anuais rumo a ultrapassar 100 milhões de toneladas.
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Por outro lado, as importações de minério de ferro ultrapassaram 100 milhões de toneladas e a commodity se acumula nos portos, com os estoques no nível mais alto em mais de dois anos, em meio à prolongada crise imobiliária que enfraquece a demanda interna por aço.
É em grande parte por conta da demanda fraca em casa que as usinas chinesas procuram vender mais aço no resto do mundo, gerando reclamações antidumping e aumentos de tarifas de importação em vários países, inclusive no Brasil.
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