Economia

5 fatos para hoje: Minerva investirá na Traive; protesto de caminhoneiros

A empresa pretende investir US$ 3 milhões na fintech agrícola, como parte da nova rodada de captações da startup.

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1- Minerva participa de rodada de investimento de US$ 15 mi na fintech Traive

 A Minerva (BEEF3) anunciou na quarta-feira (08) que pretende investir US$ 3 milhões na fintech agrícola Traive, como parte da nova rodada de captações da startup.

Ao todo, a Traive espera captar US$ 15 milhões de dólares no mercado com a rodada, informou a Minerva.

A fintech atua no desenvolvimento de modelos de crédito para o setor agrícola, para facilitar acesso dos produtores rurais a produtos financeiros.

Atualmente, a startup opera no Brasil e nos Estados Unidos, com soluções para cadeias de commodities como soja, milho, algodão, cana, café e trigo.

A Minerva disse que sua base de dados no setor de carne bovina deve contribuir para ampliar a atuação da Traive e que “também se beneficiará com o aperfeiçoamento na gestão de sua carteira de crédito além de diversas outras oportunidades comerciais com foco na pecuária”.

2- Vale mantém ação judicial e resiste em devolver R$ 500 mi de usina parada

 Depois de sinalizar que iria dar fim a uma disputa judicial que trava com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a mineradora Vale (VALE3) decidiu manter a briga na Justiça, além da cobrança mensal de uma hidrelétrica de sua propriedade que não entrega energia desde 2015.

A Vale já recebeu mais de R$ 500 milhões desde novembro de 2015, por uma geração de energia que nunca entregou a partir das turbinas de sua hidrelétrica Risoleta Neves, na região de Mariana (MG), porque a usina foi destruída pela lama da tragédia da Samarco, que tem a própria Vale como sócia.

A situação causa revolta em todo o setor elétrico, porque os pagamentos têm sido feitos mensalmente desde então, e são compartilhados entre os donos de todas as demais hidrelétricas do País, além dos consumidores de energia.

O caso chegou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e está pautado para ser definido no dia 15 de setembro.

Além de o processo estar em andamento, a Vale também segue recebendo valores mensais, mesmo após o entendimento alinhado com a Aneel e parlamentares em maio.

3- Caminhoneiros protestam em 15 Estados

Caminhoneiros realizam desde o fim da tarde da quarta-feira (08) paralisações em estradas de ao menos 15 Estados. São eles: Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Espírito Santo, Mato Grosso, Goiás, Bahia, Minas Gerais, Tocantins, Rio de Janeiro, Rondônia. Maranhão, Roraima, São Paulo e Pará.

Em nota divulgada nas primeiras horas desta quinta-feira (09), o Ministério da Infraestrutura afirmou que pontos de bloqueio total no Rio de Grande do Sul e em São Paulo foram liberados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), além de trechos de retenção no norte de Santa Catarina. Segundo o órgão, agentes ainda estão atuando em pontos de interdição em Minas Gerais.

Em boletim anterior, às 17h30, o ministério afirmou que a PRF negociava para liberar o fluxo nas rodovias até a meia noite. No comunicado divulgado às 20h40, no entanto, não havia mais essa previsão. “Agentes encontram-se nos locais identificados e iniciaram o procedimento de desobstrução com a orientação de liberar todos que quiserem seguir viagem”, afirmava o segundo boletim. Às 22h30, a PRF informou que havia pontos de concentração em rodovias de 16 Estados. O número foi reduzido para 15 no último informe, às 0h30.

Os bloqueios começaram durante as manifestações do 7 de Setembro convocadas pelo presidente Jair Bolsonaro e seguiram durante o dia.

4- Temos autonomia e vamos agir de maneira independente para controlar a inflação, diz Campos Neto

 O Banco Central tem autonomia e vai agir de maneira independente com os instrumentos que tem à disposição para controlar a inflação, afirmou o presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, nesta quarta-feira.

Ao participar de evento virtual promovido pelo Credit Suisse, Campos Neto disse que o BC sabia da crise energética, mas nunca esperou que ela fosse assumir o formato que tem hoje. Também ponderou que muitos choques ocorreram na economia, com o núcleo da inflação –medida que busca desconsiderar efeitos temporários– ficando “muito mais alto” do que o BC gostaria, e com a autoridade monetária vendo reflexos dessa deterioração na parte longa da curva de juros.

A mensagem de Campos Neto vem em meio ao forte avanço de preços na economia neste ano, embalado pela crise hídrica que catapultou o custo da energia elétrica e pela alta observada em preços de commodities e do dólar –este último afetado por temores fiscais e institucionais, com a postura de enfrentamento do presidente Jair Bolsonaro em relação ao Supremo Tribunal Federal (STF) contribuindo para elevar incertezas.

O quadro de múltiplos choques tem feito as expectativas para inflação em 2022 também piorarem, disse Campos Neto, apesar de ter reiterado que há uma distância grande entre as projeções do mercado, mais altas, e da autoridade monetária, mais baixas, para o IPCA no ano que vem.

5- Produção de veículos cai 21,9% em agosto ante agosto de 2020

 Com falta de peças, em especial componentes eletrônicos, nas linhas de montagem, a produção de veículos recuou 21,9% em agosto frente ao mesmo período do ano passado. No total, 164 mil unidades foram montadas, entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus, num resultado praticamente em linha (leve alta de 0,3%) com o número de julho.

Só nas linhas de carros de passeio, as mais prejudicadas pela escassez mundial de componentes eletrônicos, a produção, um total de 119 mil unidades, registrou o pior agosto em 18 anos.

O balanço foi divulgado na quarta-feira (08) pela Anfavea, entidade que representa as montadoras e que agora registra, na soma de todas as categorias, crescimento de 33% da produção do setor desde o início do ano. De janeiro a agosto, a indústria automotiva produziu 1,48 milhão de veículos.

(*Com informações da Reuters e Estadão Conteúdo)

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