A agência de classificação de risco Moody´s apontou nesta segunda-feira (31) que a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva por uma margem apertada no segundo turno da eleição presidencial limita sua capacidade de implementar mudanças radicais nas políticas públicas.
Para a analista sênior da Moody’s Investors Service, Samar Maziad, Lula terá um mandato mais fraco no início de seu governo depois de garantir o terceiro mandato na Presidência.
“No momento, não esperamos uma grande retirada dos esforços de consolidação fiscal do governo e vemos um risco baixo de reversão das reformas já aprovadas”, disse ela em nota.
Lula disse várias vezes durante a campanha que pretende revogar o teto de gastos, a principal âncora fiscal do país, e sua campanha ainda não detalhou que instrumento substituiria a atual regra.
O cenário de referência da Moody´s prevê que a agenda de liberalização econômica provavelmente será paralisada e também antevê um maior intervencionismo.
“Uma transição tranquila de poder seria consistente com a nossa avaliação da força institucional e a perspectiva estável atribuída atualmente para o rating Ba2 dos títulos de dívida do governo do Brasil”, completou Maziad.
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