Em seu discurso na Assembleia-Geral da ONU nesta terça-feira (21), o presidente Jair Bolsonaro defendeu o chamado “tratamento precoce” contra Covid-19 e criticou medidas sanitárias adotadas pelo mundo, apontando essas estratégias como responsáveis por inflação.
Bolsonaro afirmou, no principal palco mundial, não entender porque vários países e a imprensa criticam o tratamento precoce (uso de medicamentos que não tiveram sua eficácia comprovada contra o coronavírus) e afirmou que a “ciência e a história saberão julgar aqueles que foram contra”.
O presidente disse ainda ser contrário a medidas como passaporte sanitário, do tipo adotado pela cidade de Nova York, e afirmou que todos os brasileiros “que desejarem” estarão vacinados até o final do ano. Bolsonaro é o único chefe de Estado do G20, grupo das maiores economias do mundo, a não ter se vacinado.
Discurso a investidores
Bolsonaro disse ainda que o Brasil tem tudo o que os investidores procuram. Procurando passar uma imagem positiva, em um momento em que o Brasil registra um dos números mais altos de casos e mortes por Covid-19 no mundo, Bolsonaro afirmou que o país recuperou sua credibilidade perante o mundo.
De olho num dos pontos mais criticados de seu governo, a política de meio ambiente, o presidente destacou que a 84% da floresta amazônica está intacta e que nenhum país do mundo tem legislação ambiental tão completa quanto a brasileira.
*Com agências Reuters