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Economia

Para CEO do BTG, queda da Selic vai ser mais demorada do que o mercado gostaria

Para Roberto Sallouti, BC vai querer “desinflacionar” a economia antes de qualquer corte.

Roberto Sallouti, CEO do BTG Pactual/Divulgação

Roberto Sallouti, CEO do BTG Pactual, afirmou que a taxa básica de juros, a Selic, deverá chegar a 11,25% em 2023, conforme a divulgação do último Boletim Focus, que reune expectativas de instituições para os principais indicadores econômicos. Entretanto, o movimento de queda deverá ser “mais demorado do que o mercado gostaria”.

O executivo participou na manhã desta quinta-feira (15) do congresso Women Invest Summit, voltado para mulheres investidoras, e falou sobre as expectativas de juros para a economia.

Na avaliação do CEO, o mercado vai querer que o Banco Central corte os juros, mas, em contrapartida, a autoridade monetária vai querer “desinflacionar” a economia antes de qualquer ajuste.

“As taxas aos níveis que estão agora estão muito altas. Eu, pessoalmente, aceitaria um ritmo de desinflação mais lento, não precisamos ir logo para 3% (centro da meta da inflação), vamos passar primeiro por 5% e 4,5%”, disse.

Para Sallouti, porém, quando o movimento de redução os juros for iniciado, “vai ser rápido e agressivo”.

O CEO do BTG mencionou ainda a maior atratividade dos títulos prefixados (quando o retorno que vai ser pago no vencimento do título é previamente informado de acordo com os indicadores atuais) para travar os ganhos diante de um cenário atual de taxas elevadas.

“O investidor precisa se perguntar: Olhando o que está precificado parece bom ter uma parte do meu portfólio em prefixado? Eu diria que sim”.

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