A maior economia da América Latina deve adotar três reformas cruciais se quiser alcançar um crescimento sustentável de longo prazo, disse Pérsio Arida, ex-presidente do Banco Central e um dos assessores do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva.
A primeira reforma deve ter como objetivo a abertura da economia e integracão com o mundo, disse. Brasil precisa fechar acordo entre o Mercosul e a União Europeia e passar a ser membro da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, acrescentou Arida.
“O país precisa tomar as medidas necessárias para se integrar ao máximo na economia mundial”, disse durante evento com empresários em Nova York. “Esse é o caminho para aumentar a produtividade, atrair mais capital.”
A segunda reforma envolve mudar a forma como o país é administrado, ou o que ele chama de reforma do Estado. “Temos camadas e mais camadas de gastos que perderam o sentido e podem ser reduzidos, trabalhar neste sentido é vital.”
A terceira mudança estrutural diz respeito ao sistema tributário, a começar pela adoção de um imposto sobre valor agregado. Segundo ele, existem atualmente duas propostas “razoavelmente avançadas” no Congresso, é factível uma mudança no curto prazo, entre seis a oito meses.
Trata-se de um conjunto de reformas lento de ser implementado, “mas que será vital” para o país. Sem elas, “dificilmente o Brasil conseguirá taxas de crescimento que assegurem a convergência de sua renda, em relação aos países desenvolvidos, num período de 10, 20 anos.”, disse, acrescentando que não fala como membro do futuro governo.
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