Economia
5 fatos para hoje: venda de Polo da Petrobras; Amazon; balanço da TOTVS
Petrobras conclui a venda de sua participação em sete concessões denominadas Polo Alagoas, em Alagoas, para a Origem Energia.
1 – Petrobras conclui venda de Polo Alagoas para Origem Energia
A Petrobras (PETR3, PETR4) concluiu a venda de sua participação em sete concessões denominadas Polo Alagoas, em Alagoas, para a Origem Energia, informou a companhia em fato relevante ao mercado nesta sexta-feira.
A operação foi concluída com o pagamento de US$ 240 milhões para a Petrobras.
O valor recebido no fechamento se soma ao montante de US$ 60 milhões pagos à Petrobras na assinatura do contrato de venda, totalizando US$ 300 milhões.
A produção média do polo em 2021 foi de 1,62 mil bpd de óleo e condensado e de 550 mil m³/d de gás, gerando 0,81 mil bpd de líquidos de gás natural (LGN).
Além dos campos e suas instalações de produção, está incluída na transação a Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) de Alagoas, cuja capacidade de processamento é de 2 milhões de m³/dia, sendo responsável pelo processamento de 100% do gás do polo e pela geração de LGN.
2 – Amazon avalia oferta pela Peloton, pode enfrentar concorrência da Nike
A Peloton Interactive atraiu interesse de potenciais compradores, incluindo da Amazon (AMZO34), segundo uma pessoa a para do assunto, com a fabricante de bicicletas ergométricas lutando para manter o crescimento alimentado pela pandemia.
As ações da Peloton subiram 30% no after-market na sexta-feira (04), após depois que o investidor ativista Blackwells Capital instar o conselho da empresa a colocá-lo à venda.
A Amazon avalia fazer uma oferta pela Peloton e está conversando com assessores sobre como proceder, disse uma fonte. A Peloton ainda não decidiu se vai tentar uma venda, adicionou.
O Financial Times publicou mais cedo na sexta que a Nike também está avaliando uma oferta pela Peloton, citando pessoas a par do assunto, que disseram que as considerações são preliminares e que a Nike não conversou com a Peloton.
Peloton e Nike não responderam imediatamente a um pedido de comentário da Reuters, enquanto a Amazon se recusou a comentar.
As vendas da Peloton subiram durante a pandemia, com muitos comprando equipamentos para ginástica em casa. Mas sua sorte mudou à medida que as vacinações avançaram, as academias reabriram e os rivais ofereciam produtos competitivos.
Em novembro, a empresa deu a entender que a demanda por suas bicicletas ergométricas e esteiras estava diminuindo mais rápido do que o esperado, e seu valor de mercado então encolheu para cerca de 8 bilhões de dólares, após um pico de quase 52 bilhões de dólares no início de 2021.
Se as ações mantiverem o preço de sexta-feira, a Peloton poderá atingir um valor de mercado de US$ 10 bilhões.
Na semana passada, a Blackwells Capital convocou o conselho da Peloton para remover o presidente John Foley imediatamente, acusando-o de acordos que definem altos custos fixos, e de enganam os investidores sobre a necessidade de levantar capital.
A empresa de investimentos, dirigida por Jason Aintabi, também instou o conselho a colocar a empresa à venda para um comprador como Walt Disney (DISB34), Apple, (AAPL34), Sony (SNEC34) ou Nike (NIKE34), informou a Reuters no domingo (06).
A Peloton tentou amortecer o golpe em seu crescimento cortando o preço de sua bicicleta popular e aumentando seus gastos com publicidade, mas o crescimento permanece estagnado.
Embora muitos tenham ficado frustrados com a Peloton devido a uma queda das ações, analistas também observam que a empresa pode ser um alvo difícil de compra por causa de suas duas classes de ações, permitindo que insiders a controlem.
3 – Totvs antecipa divulgação de balanço do 4º tri para 16 de fevereiro
A fornecedora de softwares de gestão Totvs (TOTS3) vai antecipar a divulgação de seus resultados financeiros do quarto trimestre, de 9 de março para 16 de fevereiro anteriormente prevista para o dia 9 de março de 2022, afirmou a companhia em comunicado na sexta-feria à noite.
No começo do mês, a Totvs havia informado que a Dimensa, sua unidade em parceria com a B3, comprou a desenvolvedora de aplicativos financeiros Mobile2you por R$ 26,9 milhões.
4 – Privatizações: prazo de análise do TCU gera polêmica
As privatizações não saíram do papel no governo Jair Bolsonaro. Para o governo, um dos culpados desse quadro é o Tribunal de Contas da União (TCU), que estaria demorando mais que o esperado para analisar os projetos de venda de estatais – o que acabaria atrapalhando o processo. Para o TCU, porém, esse é um problema do governo, que enviaria projetos incompletos, prejudicando a análise.
Estudo feito pela advogada Ana Carolina Alhadas Valadares aponta que o TCU leva, em média, 216 dias (7 meses) para analisar processos de privatização, quatro meses mais do que o previsto em instrução normativa da própria Corte, que estabelece 90 dias (3 meses).
Ela analisou 26 projetos de desestatização elaborados pelo Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) desde 2015, que posteriormente foram encaminhados para o parecer prévio da Corte. A autora leva em conta em seu estudo a data do protocolo do processo no TCU e seu tempo de conclusão. O Tribunal, porém, contesta essa metodologia, pois considera que o tempo só passa a contar quando o órgão tem acesso a todos os documentos que solicitou.
A regra atual determina que a unidade técnica do TCU tem 75 dias para analisar os projetos. Depois, o processo é enviado ao plenário, que tem 15 dias para avaliação. O governo não é obrigado a aguardar a análise do TCU, mas prefere esperar para dar mais segurança jurídica à operação.
“Não há clareza sobre os fatores que acarretam a demora na análise prévia das desestatizações. Isso porque nem a instrução normativa atual nem a unidade técnica indicam o exato momento em que o prazo para conclusão foi deflagrado e, eventualmente, interrompido”, disse Ana Valadares.
TCU contesta estudos
O Tribunal de Contas da União (TCU) discorda em relação ao início de quando se começa a contar o tempo de análise pelo órgão dos processos de privatização. Em nota, o tribunal afirmou que é preciso considerar se as propostas já chegam com as informações completas ao órgão e, só a partir daí, começar a contar o prazo de 90 dias.
Segundo o TCU, em áreas em que há mais experiência em privatizações, como transmissão de energia e portos, os prazos, em média, são de 70 dias e 40 dias, respectivamente.
Em outros casos mais completos, como o do 5G, o tribunal levou 61 dias se contados a partir do momento em que todas as informações necessárias tinham chegado ao órgão.
A disputa envolvendo os prazos para analisar as desestatizações fez com que o tribunal reconhecesse que a norma atual pode ser aprimorada. O prazo de 90 dias não deve ser alterado, mas há a intenção de dar mais transparência à análise: os prazos passariam a ser analisados caso a caso pelo ministro-relator do processo, e o cronograma do trabalho da unidade técnica seria apreciado e aprovado em plenário.
O governo corre contra o tempo, por exemplo, para vender a Eletrobras até o fim do mandato de Jair Bolsonaro. Até o momento, o TCU não concluiu a análise da primeira etapa – cujo julgamento deve ocorrer em março, quando o ministro Vital do Rêgo devolverá seu pedido de vistas (leia mais ao lado).
No fim do ano passado, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse ser inadmissível que o governo eleito com um programa liberal que inclui privatizações, esbarre em obstáculos de outros Poderes para vender empresas estatais.
Para o advogado André Rosilho, coordenador do Observatório do TCU da FGV Direito SP, seria importante que o TCU “procurasse reforçar padrões e com critérios robustos”. “Por que certos processos avançam mais do que outros? Por que casos semelhantes recebem tratamento diverso?”
5 – Sudeste pode enfrentar chuva forte e alagamentos, diz Defesa Civil
A Região Sudeste poderá enfrentar chuvas fortes, com possibilidade de alagamentos, inundações e deslizamentos de terra nos próximos dias. O alerta é da Defesa Civil Nacional, ligada ao Ministério do Desenvolvimento Regional.
Foram emitidos avisos meteorológicos de perigo (laranja) pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para o Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. De acordo com o Inmet, o volume de chuvas previsto é acima de 100 milímetros por dia em alguns locais.
“É importante que a população fique atenta e acompanhe a difusão de outras informações nas redes sociais e pelos alertas enviados por SMS. É importante procurar orientações nas defesas civis municipais e estaduais, que precisam ter um planejamento para as ocorrências de chuvas fortes”, afirmou o diretor do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), Armin Braun.
Segundo o Inmet, haverá atuação do fenômeno Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) – quando uma faixa de nuvens fica praticamente estacionada, provocando grande quantidade de chuvas contínuas, na mesma área, por, pelo menos, quatro dias. Desta vez, a zona ficará sobre o estado de Minas Gerais e também terá reflexos em partes do Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul e Paraná.
Cuidados
A Defesa Civil Nacional alerta para a tomada de cuidados que podem ajudar a reduzir danos materiais e preservar vidas em caso de chuvas intensas. Uma delas é desligar os aparelhos elétricos e o quadro geral de energia. Em caso de enxurrada ou similar, colocar documentos e objetos de valor em sacos plásticos.
Caso haja uma situação de grande perigo confirmada, procurar abrigo e evitar permanecer ao ar livre. Além disso, em ocasiões de rajadas de vento, não se abrigar debaixo de árvores por conta do risco de queda e descargas elétricas e não estacionar veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda.
Para mais informações, procurar a Defesa Civil local por meio do telefone 199 ou o Corpo de Bombeiros, pelo número 193. As informações detalhadas sobre os locais com maiores riscos climáticos podem ser acessadas na página do ministério.
Com informações da Reuters, Estadão Conteúdo e Agência Nacional
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