Os planos do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva de mudar as regras fiscais para permitir mais gastos é um sinal “verdadeiramente problemático” que aumentará o déficit do país, diz o Instituto Internacional de Finanças (IIF).
Se a proposta de Lula for aprovada no Congresso em sua forma atual, com gastos equivalentes a 1,9% do PIB acima do atual teto de gastos, o Brasil verá no próximo ano o maior aumento do déficit na comparação com os níveis de antes da pandemia, em 2019, de um grupo de emergentes analisados pelo IIF, escreveram em nota os economistas Sergi Lanau e Jonathan Fortun.
“Juntamente com uma receita relativamente fraca e elevados pagamentos de juros, o pacote é um sinal verdadeiramente problemático”, escreveram na nota divulgada na terça-feira (6). “Haverá gastos fora da regra fiscal pelo terceiro ano consecutivo.”
Se as negociações com o Congresso levarem a um pacote de gastos menor, totalizando cerca de 1,2% do PIB, “os mercados poderão eventualmente digerir a posição fiscal do Brasil se combinadas com um ministério equilibrado e políticas razoáveis”, escreveram os economistas.
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