O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira (23) o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), a prévia da inflação oficial do Brasil, que ficou em 0,71% no mês de janeiro.
Esse é o maior resultado para o mês desde 2016, quando o índice ficou em 0,92%. Em janeiro de 2019 a taxa foi de 0,30%. Em dezembro do mesmo ano, o IPCA-15 ficou em 1,05%.
Segundo o IBGE, a desaceleração frente ao mês anterior foi puxada pela alta da carne, que em dezembro de 2019 registrou alta de 17,71% e em janeiro a taxa caiu para 4,83%. Mesmo com a diminuição, a carne foi o item que mais exerceu contribuição individual sobre a inflação, com 0,15 pontos no percentual.
Em 2020, a meta prevista pelo governo para a inflação é de 4%. Para 2021, a previsão do mercado financeiro é de uma inflação de 3,75%.
Impacto de alimentos e transportes
Entre os produtos que subiram na passagem de dezembro para janeiro, a maior variação e o maior impacto ficou com os grupos de alimentação e bebidas, com variação de 1,83% e 0,45 pontos, A alta foi seguida por transportes com 0,92%, impactada pelo preço da gasolina, que continuou subindo até janeiro com 2,64% e contribuiu com 0,11 pontos na inflação.
Os ônibus urbanos tiveram aumento de 0,30% por conta do reajustes das passagens em Brasília e São Paulo. O mesmo ocorreu com os táxis, com taxa de 0,28%, devido ao aumento médio de 2,20% nas tarifas no Rio de Janeiro, e nas passagens dos ônibus interestaduais, com alta de 2,91%, em Salvador. Por outro lado, as passagens áreas caíram 6,45% em janeiro, após alta de 15,63% registrada no IPCA-15 de dezembro.
A maior queda aconteceu no grupo habitação com 0,14%, influenciado pela diminuição de 2,11% na energia elétrica, que apresentou o maior impacto individual negativo de 0,08 pontos percentuais.
