Puxado pela categoria de transportes, o volume do setor de serviços cresceu 1,1% em fevereiro na comparação com o mês anterior, quando houve queda de 3%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta quinta-feira (27). Frente ao mesmo mês de 2022, o segmento teve alta de 5,4%.
O resultado veio acima das expectativas. Segundo pesquisa da Reuters, era esperado um avanço de 0,4% na comparação mensal e de 4,8% na base anual.
Setor de transportes sobe 2,3% e puxa alta
O setor de transportes foi o destaque positivo no resultado de fevereiro, responsável pelo maior impacto sobre o indicador, ao registrar crescimento de 2,3%. Em janeiro, o mesmo setor havia tido a maior influência negativa no resultado do mês.
Segundo o IBGE, o transporte rodoviário de cargas, que é o principal modal por onde se deslocam as mercadorias nas estradas brasileiras, segue beneficiado pela demanda crescente do agronegócio, do comércio eletrônico e, em menor escala, do setor industrial.
O volume de transporte de passageiros no Brasil registrou expansão de 2,6% em relação ao mês anterior, na série livre de influências sazonais. O segmento ficou 5,0% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 18,6% abaixo de fevereiro de 2014, ponto mais alto da série histórica.
Ainda de acordo com o IBGE, o volume do transporte de cargas cresceu 2,0% em fevereiro, recuperando uma parcela significativa da perda de 2,3% em janeiro.
No acumulado do primeiro bimestre deste ano, o transporte de passageiros mostrou expansão de 9,0% frente a igual período de 2022, enquanto o de cargas avançou 9,8% no mesmo intervalo.
Outros destaques
Também foram destaques de alta em fevereiro os serviços de informação e comunicação (1,6%) e os outros serviços (0,7%). O primeiro teve um ganho acumulado de 2,4% nos dois primeiros meses do ano, enquanto o segundo, após registrar forte retração em janeiro (-8,6%), voltou a crescer.
Na outra direção, serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,0%) e serviços prestados às famílias (-0,7%) exerceram as influências negativas em fevereiro. No caso do primeiro setor, foi o segundo resultado negativo seguido, com perda acumulada de 3,1%. Já o último eliminou parte do ganho (3,5%) registrado nos últimos meses de dezembro e janeiro.
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