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Economia

Queremos câmbio de equilíbrio um pouco mais alto, como tem estado, diz Guedes

Ministro da Economia também afirmou que ‘ainda dá tempo’ do desemprego no país atingir 8% até o fim deste ano.

O governo quer superávit fiscal, câmbio de equilíbrio um pouco mais alto, como tem estado, e reduzir impostos, disse nesta quinta-feira (8) o ministro da Economia, Paulo Guedes.

A declaração foi dada durante evento em São Paulo sobre a indústria automotiva, quando o ministro explicou que o governo não quer um cenário com “câmbio lá embaixo e juros lá em cima”. Para ele, isso sobrevalorizaria o real e reduziria a competitividade do país.

No passado, Guedes já havia criticado governos anteriores, que, para ele, mantinham o nível dos juros muito altos e o dólar muito baixo.

A fala desta quinta destoou de declarações feitas nos últimos meses. Em agosto, ele afirmou que o dólar deveria estar “lá embaixo”, mas estava “no lugar entre aspas” por causa da “barulheira”. No mês anterior, ele havia destacado que o real era uma das moedas que mais valorizavam no mundo.

Nesta quinta-feira, Guedes não deixou claro se o dólar próximo a R$ 5,20, nível do fechamento da moeda norte-americana nesta quinta, seria o patamar de equilíbrio.

Ao afirmar que o Brasil tem observado boas notícias na economia enquanto o mundo vive um cenário negativo, Guedes previu que o Produto Interno Bruto (PIB) nacional crescerá quase 3% neste ano.

O ministro disse que a dívida bruta do governo deve cair para 76% do PIB neste ano após a devolução de recursos do BNDES ao Tesouro Nacional referentes a empréstimos feitos no passado — hoje a dívida está em 77,6% do PIB.

Ele também afirmou que “ainda dá tempo” do desemprego no país atingir 8% até o fim deste ano. Pelo dado do trimestre encerrado em julho, o nível ficou em 9,1%.

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