O atual prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), de 66 anos, foi reeleito neste domingo (27) para o segundo mandato no cargo após derrotar a candidata Maria do Rosário (PT) no segundo turno das eleições municipais de 2024.
Melo obteve 61,59% dos votos válidos, contra 38,41% de Maria do Rosário. Ele vai governar novamente Porto Alegre entre 1º de janeiro de 2025 e 31 de dezembro de 2028.
No primeiro turno, Melo ficou muito perto de ser eleito. Ele recebeu 345.420 votos, o equivalente a 49,72% dos votos válidos. Maria do Rosário recebeu 182.553 votos, o equivalente a 26,28% dos votos válidos.
Quem é Sebastião Melo
Sebastião de Araújo Melo nasceu em Piracanjuba, no interior de Goiás, no dia 24 de julho de 1958. Mudou-se para Porto Alegre em 1978.
Se formou em Direito pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), e começou a atuar como advogado na década de 1980. Foi conselheiro estadual da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), subseção do Rio Grande do Sul e secretário e conselheiro da Caixa de Assistência dos Advogados do Rio Grande do Sul.
Na década de 1990 entrou para o MDB e começou a sua carreira política como suplente de vereador. Em 2000 foi eleito para a Câmara Municipal de Porto Alegre e exerceu o cargo por três mandatos consecutivos, de 2001 a 2012.
Em 2013, foi eleito vice-prefeito da capital gaúcha na chapa encabeçada por José Fortunati. Em 2016, concorreu às eleições para a Prfeitura de Porto Alegre, passou para o segundo turno mas foi derrotado por Nelson Marchezan Júnior.
Nas eleições de 2018, foi eleito deputado estadual no Rio Grande do Sul.
Em 2020, concorreu novamente às eleições para prefeito. Ele terminou o primeiro turno com 31% dos votos válidos e foi para o segundo turno com a deputada Manuela d’Ávila, do PCdoB. No segundo turno, Melo recebeu mais de 370 mil votos e foi eleito com 54,63% dos votos válidos.
Como prefeito de Porto Alegre, Melo combateu a pandemia da Covid-19 na cidade comprando o antibiótico azitromicina, o vermífugo ivermectina, e hidroxicloroquina e cloroquina, medicamentos que não tinham comprovação de sua eficácia no combate à doença. A distribuição foi barrada pela Justiça. O prefeito foi resistente às medidas de fechamento de comércio imposta pelo governo estadual para combater a propagação do vírus.
Melo enfrentou ainda no primeiro semestre de 2024 a tragédia das enchentes provocadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul em abril e maio, causando 182 mortes no estado e deixando milhares de pessoas desabrigadas.
Em julho, Melo ganhou o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro, que indicou o nome da tenente-coronel do Exército Betina Worm (PL) para ser vice na chapa do prefeito.
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