Por Joanna Plucinska e Valerie Insinna e James Pearson
LONDRES/WASHINGTON (Reuters) – A indústria da aviação pressionará reguladores esta semana para que sejam tomadas medidas urgentes no combate de uma prática chamada “spoofing” de GPS, que pode envolver o envio de sinais falsos pelo Exército de um país a um avião ou drone inimigo para interferir na sua capacidade de funcionamento.
A pressão vem em meio a um aumento deste tipo de atividade devido aos conflitos na Ucrânia e no Oriente Médio, e que pode desviar aviões comerciais de sua rota.
O órgão de comércio internacional Iata e o regulador europeu Easa estão organizando um encontro em Colônia, na Alemanha, na quinta-feira, que reunirá companhias aéreas, fabricantes de aviões e empresas de tecnologia de aviação, bem como órgãos reguladores nacionais e regionais, para discutir a questão.
O problema para a aviação comercial é esse sinal falso ser captado por um receptor GPS em um avião de passageiros, o que pode confundir o piloto e o controle de tráfego aéreo.
E há sinais de que isso está se tornando mais comum.
Em dezembro, um grupo consultivo de aviação alertou para um aumento no “spoofing” em GPS que estava afetando jatos privados e comerciais no Oriente Médio, incluindo Iraque, Irã e Israel, bem como no Mar Negro.
Embora exista tecnologia para mitigar tal atividade, ela está em maior parte restrita a usuários militares ou àqueles que podem comprá-la de forma privada, como donos de jatos executivos.
A certificação de novas tecnologias para aeronaves civis pode levar até uma década, disseram autoridades do setor. Mas com o aumento da prática, muitos disseram à Reuters que não há tempo a perder.
“O grande desafio que você sempre enfrenta com aviões comerciais é o tempo de certificação”, disse Xavier Orr, presidente-executivo da Advanced Navigation, que fabrica tecnologia anti-spoofing.
De acordo com a agenda da reunião de quinta-feira, serão discutidas soluções de curto e longo prazos, incluindo quais tecnologias existem e podem ser aplicadas hoje.
Um porta-voz da aliança militar da Otan disse que não enviará representante.
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