O volume do setor de serviços do Brasil recuou 0,6% em outubro em relação ao mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (13). Essa foi a primeira queda após cinco meses de alta do setor que mais emprega no país.
O índice teve alta de 9,5% na comparação com o mesmo mês do ano anterior. No ano, o acumulado é de 8,7%. O acumulado de janeiro a outubro chegou a 8,7% e em 12 meses, 9%.
As expectativas em pesquisa da Reuters eram de queda de 1% na comparação mensal e de alta de 9,6% na base anual.
“Algo que contribuiu para o resultado de outubro foi a base de comparação elevada após o setor de serviços ter alcançado no mês passado o valor mais alto da série histórica. O nível mais elevado se deve principalmente à prestação de serviços voltados às empresas, em que observamos como grandes expoentes as empresas que prestam serviços de tecnologia da informação”, avalia Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa, em nota.
Três das cinco atividades investigadas também recuaram, com destaque para transportes (-1,8%), que exerceu a maior influência no resultado de outubro.
“Observamos uma disseminação de taxas negativas no setor de transportes, seja em uma análise por modais, com queda de terrestres, aquaviários e aéreos, e a parte de armazenamento, serviços auxiliares ao transporte e correio, assim como em uma análise entre os tipos de uso, com quedas tanto no transporte de passageiros quanto no transporte de cargas. A queda do transporte aéreo de 10,1% ocorreu em função do aumento nas passagens aéreas observado no mês de outubro, de 27,38%”, analisa Lobo.
A categoria de serviços prestados às famílias também apresentou queda, com resultado de -1,5% na comparação com setembro. Já o setor de serviços profissionais, administrativos e complementares apresentaram queda de 0,8% na comparação com setembro.
Já os resultados positivos foram nas categorias de informação e comunicação (0,7%) e outros serviços (2,6%) exerceram as contribuições positivas do mês, com o primeiro setor acumulando um ganho de 4,7% entre julho e outubro.
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