O setor público consolidado brasileiro registrou em novembro um déficit primário de R$ 18,1 bilhões, informou o Banco Central nesta quarta-feira (30). O número inclui os resultados do governo central (formado por governo federal, BC e Previdência), estados, municípios e empresas estatais.
Considerando apenas o governo central, o rombo foi de R$ 20,4 bilhões no mês, um pouco acima do rombo de R$ 18,2 bilhões registrado no mesmo mês de 2019.
Enquanto isso, estados e municípios tiveram superávit de R$ 2,3 bilhões e as empresas estatais, déficit de R$ 87 milhões.
Considerando também as despesas com juros, o país teve um déficit nominal de R$ 20,1 bilhões no mês de novembro.
No acumulado em 12 meses, o rombo primário equivale a 8,9% do PIB.
Na semana passada, o Ministério da Economia disse esperar um rombo primário de R$ 844,2 bilhões, ou 11,7% do PIB, para o ano, abaixo do estimado anteriormente. O Tesouro Nacional apontou nesta terça-feira que o déficit está sendo positivamente afetado pelo alto volume de recursos empoçados, de quase R$ 35 bilhões.
O chamado empoçamento ocorre quando recursos são liberados para pagamento, mas não são executados pelos ministérios por uma série de amarras e vinculações.
Dívida
A dívida pública bruta ficou em 88,1% do Produto Interno Bruto em novembro, enquanto a dívida líquida alcançou 61,4% do PIB.
O BC informou que atualizou suas séries fiscais referenciadas ao PIB após a revisão recente das séries do PIB nominal pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, o dado da relação da dívida bruta/PIB para outubro, por exemplo, passou a 59,9% do PIB, ante 61,2% informado anteriormente. A relação dívida líquida/PIB do mesmo mês passou a 88,8% (90,7% antes).