Sua participação logo após entrar na Casa Branca promete ser um dos destaques do encontro anual da elite no resort de montanha suíço, onde mais de 60 chefes de Estado e governo devem comparecer entre os dias 20 e 24 de janeiro.
Os comentários de Trump garantirão que as lideranças dos EUA, China e União Europeia estejam todas representadas de alguma forma, de acordo com o fórum. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, estará lá pessoalmente, assim como o vice-primeiro-ministro chinês Ding Xuexiang.
O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sanchez, e o presidente da Argentina, Javier Milei, estarão presentes no evento, entre outros líderes mundiais. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, também estará em Davos, de acordo com fontes familiarizadas com seus planos. Uma casa na rua principal da cidade sediará o projeto “Your Country First — Win With Us” (Seu País Primeiro — Vença Conosco), da Fundação Victor Pinchuk, que seu país ajudou a organizar.
O vice-chanceler alemão, Robert Habeck, participará do evento um mês antes das eleições antecipadas em seu país, e a atribulada chanceler do Tesouro do Reino Unido, Rachel Reeves, estará entre os ministros de finanças presentes.
“Isso ocorre no contexto geopolítico mais complicado em gerações”, disse o presidente do fórum (WEF), Borge Brende, em uma entrevista coletiva de imprensa na terça-feira (14).
Os organizadores também aparentemente fizeram um gesto de reconciliação a Elon Musk, que agora faz parte do círculo íntimo de Trump, após se tornar um importante financiador das eleições nos EUA.
O homem mais rico do mundo está ampliando sua influência na geopolítica, da Alemanha à China — não apenas exercendo sua influência nos EUA. Musk tem sido desdenhoso com a multidão de Davos. Ele disse, em 2022, que recusou um convite porque parecia “entediante”. Os organizadores disseram que ele nunca foi convidado.
Hoje, eles parecem ver Musk e Trump como um par. “Ele é bem-vindo com Donald Trump quando ele, esperançosamente, vier fisicamente ao nosso próximo encontro”, disse Brende ao ser questionado sobre a participação de Musk.
Quando questionado sobre sua possível aparição, um porta-voz do WEF disse que “Musk é bem-vindo a Davos tanto neste ano quanto no próximo. Haveria muito interesse da comunidade empresarial em ouvir sobre sua nova função”.
A 55ª reunião do fórum acontecerá em meio a preocupações persistentes sobre possíveis guerras comerciais após as declarações de Trump sobre o aumento de tarifas e conflitos em andamento no Oriente Médio e na Ucrânia. Suas ameaças relacionadas ao comércio já elevaram as taxas de juros de longo prazo em todo o mundo, afirmou a chefe do Fundo Monetário Internacional, Kristalina Georgieva. Ela também estará em Davos, junto com outros participantes anteriores, como a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, e o presidente da BlackRock, Larry Fink.
O fórum vai reunir 3.000 participantes de mais de 130 países.