A ordem do governo Trump tem efeito retroativo e já vale para mercadorias retiradas a partir de quinta-feira, 13.
Não está claro, porém, se serão retiradas apenas as tarifas recíprocas, de 10% e anunciadas em abril, ou também a sobretaxa punitiva de 40% aplicada exclusivamente ao Brasil. Ainda assim, a leitura do anexo técnico dá a entender que as isenções sejam totais, já que elas não citam casos específicos, como o do Brasil.
Vai e volta nas tarifas
Em julho, quando anunciou que o Brasil seria alvo de uma sobretaxa, a administração Trump poupou alguns produtos de peso na balança comercial brasileira. Naquele mês, a lista de exceções publicada pela Casa Branca incluía sucos de laranja, diferentes tipos de celulose e aeronaves civis, além de suas peças e componentes.
Os produtos poupados deixaram se ser submetidos à sobretaxa de 40%, mas ainda ficaram sujeitos aos 10% de tarifas recíprocas. Em setembro, mais um passo atrás: a celulose entrou na lista de produtos totalmente isentos de taxas de importação pelo governo dos Estados Unidos.
Café, carnes e frutas, que tinham peso importante tinham ficado de fora, gerando preocupação para produtores brasileiros e reclamações de importadores americanos.
Esses produtos foram tema das conversas e negociações mais recentes de agentes dos governos brasileiro e americano, inclusive durante o encontro de Lula e Trump na Ásia.
O representante Comercial dos EUA Jamieson Greer apresentou o plano nesta sexta-feira, afirmando que se encaixa na estratégia mais ampla de Trump de criar isenções tarifárias para bens e setores-chave, noticiou a Bloomberg.
“Agora é o momento certo para, você sabe, liberar alguns desses itens que o presidente disse que liberaria”, disse Greer. “Isso é um desdobramento natural exatamente do que o presente sinalizou, e é isso que ele está fazendo hoje.”
