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Economia

Comércio tem a pior queda para março em 17 anos; veja os setores mais afetados

Apesar do recuo de 2,5%, números vieram acima das expectativas diante das medidas de restrição adotadas contra a Covid-19.

As vendas do comércio varejista caíram 2,5% em março na comparação com fevereiro, afetadas pelas medidas de restrição que algumas regiões do país adotaram contra a pandemia da Covid-19. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (13), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado foi melhor que as expectativas, que apontavam para uma queda maior, de 4,7%. No entanto, foi o pior desempenho do varejo para o mês de março desde 2003, quando houve uma queda de 2,7%. A queda só não foi maior porque o setor de supermercados e alimentos se destacou com um forte aumento nas vendas (veja abaixo).

Vestuário foi o setor que mais sofreu

Os impactos sentidos no varejo foram bem diferentes entre as categorias, já que algumas tiveram que fechar as portas, enquanto outras observaram um forte aumento nas vendas. Das oito atividades pesquisadas pelo IBGE, seis delas viram o volume das vendas despencar. Veja abaixo as maiores quedas em março:

  • Tecidos, vestuário e calçados (-42,2%)
  • Livros, jornais, revistas e papelaria (-36,1%)
  • Artigos de uso pessoal e doméstico (-27,4%)
  • Móveis e eletrodomésticos (-25,9%)
  • Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-14,2%)
  • Combustíveis e lubrificantes (-12,5%)

Na outra ponta, atividades tidas como essenciais durante a quarentena mostraram um forte avanço nas vendas em março, como já era esperado. Veja quais foram, segundo a pesquisa do IBGE:

  • Hipermercados, supermercados, alimentos, bebidas e fumo (14,6%)
  • Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, perfumaria e cosméticos (1,3%)

Varejo ampliado teve queda maior

Já na comparação com março de 2019 (sem ajuste sazonal), as vendas do varejo recuaram 1,2% em março de 2020. O mercado previa uma queda de 3,6%, na mediada das expectativas. As vendas do varejo restrito acumularam crescimento de 1,6% no ano e alta de 2,1% em 12 meses.

O tombo foi bem mais intenso quando se olha o varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção e de veículos. As vendas caíram 13,7% em março na comparação com fevereiro (na série com ajuste sazonal). Já em relação ao mesmo mês de 2019, o comércio retraiu 6,3% em março de 2020.

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