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Economia

Vendas no varejo caem 1,7% em junho na comparação com maio, diz IBGE

Sobre um ano antes, tiveram alta de 6,3%.

Vendas no varejo do Brasil
Consumidores fazem compras em rua comercial do Rio de Janeiro 16/09/2020 REUTERS/Ricardo Moraes

As vendas no varejo brasileiro caíram 1,7% em junho na comparação com o mês anterior e tiveram alta de 6,3% sobre um ano antes, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (11).

A expectativa em pesquisa da Reuters era de avanço de 0,7% na comparação mensal e de 9,1% sobre um ano antes.

As vendas do varejo restrito acumularam crescimento de 6,7% no ano e alta de 5,9% em 12 meses.

Quanto ao varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção e de veículos, as vendas caíram 2,3% em junho ante maio, na série com ajuste sazonal. A queda foi maior que a mediana das estimativas (-1,6%). O intervalo das projeções ia de -3,5% a 0,9%.

Na comparação com junho de 2020, sem ajuste, as vendas do varejo ampliado tiveram alta de 11,5% em junho. Nesse confronto, as projeções variavam de uma elevação de 9,7% a uma alta de 14,6%, com mediana positiva de 11,8%.

As vendas do comércio varejista ampliado acumularam aumentos de 12,3% no ano e de 7,9% em 12 meses.

Média móvel trimestral

O índice de média móvel trimestral das vendas do comércio varejista restrito teve alta de 1,2% em junho. No varejo ampliado, que inclui as atividades de veículos e material de construção, o índice de média móvel trimestral das vendas registrou alta de 1,6% em junho.

Atividades do varejo

Cinco das oito atividades que integram o varejo restrito registraram quedas nas vendas em junho ante maio. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio, divulgados nesta quarta-feira, 11, pelo IBGE. No agregado, o comércio varejista teve queda de 1,7% ante maio.

Entre as atividades, as maiores quedas foram verificadas nos segmentos de Tecidos, vestuário e calçados (-3,6%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-3,5%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-2,6%) e Combustíveis e lubrificantes (-1,2%). O segmento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo registrou queda de 0,5% nas vendas de junho ante maio.

Na contramão, as atividades que tiveram crescimento no volume de vendas na passagem de maio para junho foram Livros, jornais, revistas e papelaria (5,0%), Móveis e eletrodomésticos (1,6%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,4%).

Considerando, além das oito atividades investigadas no varejo restrito, os dois segmentos que integram o varejo ampliado, as vendas de Veículos, motos, partes e peças registrou queda de 0,2% sobre maio e as de Material de construção avançaram 1,9%.

Confronto interanual

Seis das oito atividades que integram o varejo restrito registraram avanços em junho de 2021 ante junho de 2020, segundo o IBGE. No agregado, o comércio varejista teve alta de 6,3% sobre junho de 2020.

Entre as atividades, os destaques de alta foram Tecidos, vestuário e calçados (61,8%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (22,6%), Livros, jornais, revistas e papelaria (17,1%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (13,1%) e Combustíveis e lubrificantes (11,4%). Também houve alta nas vendas do segmento de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (3,3%).

Na contramão, dois setores tiveram recuo no indicador interanual: Móveis e eletrodomésticos (-5,3%) e Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-3,0%).

Segundo Cristiano Santos, gerente da PMC, as quedas nas vendas dos supermercados nos últimos meses, na comparação com iguais meses de 2020, se deve à base de comparação. Diferentemente de vários outros segmentos do varejo, os supermercados e demais varejistas de alimentos registraram altas de vendas mesmo nos piores meses da crise causada pela covid-19.

Considerando, além das oito atividades investigadas no varejo restrito, os dois segmentos que integram o varejo ampliado, as vendas de Veículos e motos, partes e peças saltaram 33,1% ante junho de 2020, enquanto as de Material de construção avançaram 5,3% na mesma base de comparação. No agregado, as vendas do varejo ampliado cresceram 11,5% ante junho de 2020.

Com informações da Reuters e Estadão Conteúdo*

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