Alguns moradores de Xangai puderam deixar suas casas pela primeira vez em mais de duas semanas nesta terça-feira (12), conforme a cidade determina medidas provisórias para aliviar o lockdown da covid-19 em meio a preocupações crescentes sobre o impacto econômico das restrições.
Com um quarto da população sob o que a corretora Nomura descreveu como “lockdowns totais ou parciais”, a liderança da China está tomando medidas para aliviar o custo econômico de sua estratégia de “tolerância zero” contra a covid, mas continua relutante em arriscar sofrer ondas maiores de infecção.
A gigante alemã de autopeças Bosch e a Pegatron Corp, de Taiwan, que monta iPhones para a Apple, disseram nesta terça-feira que suspenderam as operações em suas fábricas na China devido às restrições, ressaltando os riscos tanto para a economia chinesa quanto para a cadeia global de suprimentos.
Xangai disse nesta segunda-feira que mais de 7.000 áreas – que a mídia local informou ter cerca de 4,8 milhões dos 25 milhões de habitantes da cidade – foram classificadas como de baixo risco após 14 dias sem novas infecções. Autoridades locais anunciaram quais complexos residenciais poderiam ser abertos.
Mas, enquanto algumas pessoas foram autorizadas a sair nesta terça-feira, ainda havia confusão sobre a liberdade de circulação, com muitos aguardando permissão de seus comitês residenciais.
Autoridades dizem que as taxas diárias de infecção provavelmente permanecerão altas nos próximos dias, com Xangai ainda tentando lidar com o surto – o maior da China desde que o coronavírus foi descoberto no final de 2019 na cidade de Wuhan.