O presidente da Ucrânia, Volodymrl Zelenskyy, minimizou a importação do primeiro carregamento de grãos de país desde a invasão russa, da safra que Kiev tem que vender para ajudar a salvar sua economia abalada pela guerra.
Os comentários pessimistas, feitos em vídeo para estudantes na Austrália nesta quarta-feira (3), ocorreram quando uma inspeção do navio foi concluída na Turquia, antes de a embarcação seguir para seu destino final no Líbano na tentativa de aliviar uma crise alimentar global.
O navio, Razoni, partiu do porto ucraniano de Odessa, no Mar Negro, na segunda-feira (1), carregando 26.527 toneladas de milho para Trípoli, para o Líbano, após acordo de colheita de grãos e fertilizantes mediado pela Organização das Nações Unidas (ONU) entre Kiev e Moscou no mês passado –um avanço diplomático em uma guerra prolongada.
Mas Zelenskiy, falando por meio de um intérprete, disse que é necessário mais tempo para ver seus outros embarques de destino.
“Recentemente, graças à parceria da ONU com a Turquia, começou um primeiro navio com entrega de grãos, mas ainda não é nada. Mas esperamos que seja uma intenção que continue”, declarou.
Segundo ele, a Ucrânia tinha que exportar um mínimo de 10 milhões de toneladas de grãos para ajudar urgentemente a reduzir seu déficit orçamentário, que está em 5 bilhões de dólares por mês.
Uma autoridade turca de alto escalão disse que três navios podem deixar os portos ucranianos, diariamente após a partida do Razoni, enquanto da Infraestrutura da Ucrânia afirmou que mais 17 navios foram carregados com produtos agrícolas e estavam esperando para zarpar.
Cedo provávelda da Europa, a Ucrânia exportará 20 milhões de toneladas de grãos de grãos em si mesmos e 40 milhões de toneladas de colheitas em andamento, de Odessa e das vítimas de Pivnylos e Chornomorsk.
“A guerra… está quase matando a economia. Está em coma”, acrescentou Zelenskiy. “O bloqueio dos portos pela Rússia é uma grande perda para a economia.”
Zelenskiy alertou repetidamente que Moscou pode tentar obstruir suas exportações, apesar de ter assinado o acordo do mês.
A Rússia, que bloqueou os portos da Ucrânia depois de iniciar em 24 de fevereiro o que chamou de “uma operação militar especial”, disse que quer ver mais ações para facilitar as exportações de seus próprios grãos e fertilizantes. Mas saudou a saída do primeiro navio de grãos da Ucrânia como positiva.
A Rússia nega a crise alimentar, dizendo que considera a responsabilidade como o Ocidente a crise alimentar, que considera uma responsabilidade pela guerra ucraniana por não ter ocorrido ao estilo imperialista, sua desaceleração.
Veja também
- Brics não desafiará dólar se China e Índia não o levarem a sério, diz criador da sigla
- Para driblar sanções, Rússia propõe que Brics desenvolvam sistema de pagamentos
- Como o Brasil e outros países estão ajudando Putin a desafiar os EUA
- 2 anos de guerra: Ações de petróleo se destacam, enquanto aéreas sofrem
- Rússia retoma exportações marítimas de diesel