Ação da Ânima dispara 14% após BofA elevar recomendação e preço-alvo

As ações do grupo de educação Ânima (ANIM3) chegaram a disparar quase 14% na máxima desta quarta-feira (18) após o Bank of America (BofA) elevar de neutra para compra a recomendação sobre o que fazer com o papel. O banco também elevou o preço-alvo (expectativa sobre o valor da ação) de R$ 6 para R$ 7, o que representa uma valorização de 66% em relação à cotação atual. O papel fechou em alta de 11,62%.

“Ficamos mais otimistas em seu processo de desalavancagem, que deve ocorrer por meio de redução das despesas com aluguel; geração de caixa; otimização do uso da capacidade ociosa dos campus e ações de gestão de passivos”, escreveram os analisas Fred Mendes, Mirela Oliveira, Gustavo Tiseo e Lucca Brendim.

Além disso, a equipe reiterou que tem um bom nível de confiança na expansão das margens, que deve vir principalmente dos efeitos do mix, com o ensino médico ganhando participação, enquanto o EAD (ensino à distância) deve ajudar a conter a deterioração das margens. “Essa combinação, somada à base resiliente da Ânima, deve ajudar a mitigar os riscos de deterioração do sentimento macroeconômico”, avaliaram.

A equipe também mencionou esperar que a Ânima tenha uma demanda sustentada em 2023, e que com a recente gestão do passivo, enxerga potencial para o custo médio da dívida passar de CDI + 2,6% para CDI + 2,1%, mais em linha com os pares (spread de 2%).

O BofA também reiterou que a empresa anunciou recentemente um movimento importante nessa frente, com a autorização de emissão de R$ 800 milhões em debêntures ao custo de CDI + 1,65%, abaixo da média da empresa de CDI+ 2,6%.

“Adicionalmente, conforme incorporamos a emissão das debêntures em nosso modelo, vemos a alavancagem da Ânima em 2,7 vezes a dívida líquida sobre o lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda, na sigla em inglês) em 2023, em linha com a média do setor, nos deixando mais otimistas”, explicaram os analistas.