O bitcoin (BTC) tem uma nova máxima histórica. Em seu 13º dia de alta, a maior criptomoeda do mundo chegou aos US$ 109.453, segundo dados do CoinMarketCap. Este é o seu maior patamar desde 20 de janeiro, dia da posse do presidente Donald Trump, quando havia quebrado seu recorde em US$ 109.144.

Analistas destacam uma forte demanda pelo bitcoin este mês, comprovada pelo fluxo positivo para os ETFs da criptomoeda, que já atingiu US$ 3,63 bilhões nestes 21 dias, já superando com folga os US$ 2,97 bilhões de abril.

“Estamos vendo um crescente interesse institucional e um renovado apetite por risco de forma generalizada”, afirmou Joe DiPasquale, CEO da gestora de ativos cripto BitBull Capital, ao Decrypt. “Isso não parece uma pressão de curto prazo — é uma demanda mais sustentada que reflete uma mudança estrutural na forma como os investidores estão enxergando o bitcoin”.

Às 13h30 (horário de Brasília), o bitcoin registrava alta de 3,10% no acumulado de 24 horas, cotado a US$ 108.484, levemente abaixo da sua máxima histórica, atingida por volta de 12h.

Neste cenário, o mercado de derivativos também tem colaborado para a arrancada do preço do BTC. Conforme destaca Beto Fernandes, analista da Foxbit, o volume de capital em posições abertas no mercado de derivativos disparou para um recorde de US$ 72 bilhões.

Apenas nas últimas 24 horas foram liquidados mais de US$ 300 milhões em posições abertas. Boa parte desse volume, cerca de US$ 200 milhões foram em posições vendidas, ou seja, eram investidores que estavam apostando na queda do preço, mas que com a subida foram obrigados a recomprar o ativo para não terem um prejuízo maior, isso traz nova força compradora para o bitcoin, que passa a subir mais.

Outro fator que tem ajudado o mercado de criptomoedas nos últimos dias, foi o avanço do projeto de lei sobre stablecoins nos Estados Unidos. Após ser barrado na semana passada, o texto conseguiu uma aprovação na última segunda e agora pode ir a votação no plenário do Senado americano. Esse cenário alimenta esperanças de clareza regulatória sob o governo do presidente Donald Trump.

“É a mudança de abordagem de Gary Gensler e da SEC para este governo Trump, que acolheu nossa indústria”, disse Michael Novogratz, fundador e CEO da Galaxy Digital, durante uma entrevista à Bloomberg. “Isso animou os investidores, tanto aqui quanto no exterior.”

Os termos da legislação proposta foram revisados ​​para incluir restrições mais rígidas à lavagem de dinheiro, emissores estrangeiros, empresas de tecnologia e melhores proteções ao consumidor. O projeto também garantiria que emissores nacionais e estrangeiros enfrentassem as mesmas regras.