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Finanças

Bolsa sobe 2,10% e supera 83 mil pontos, puxada pelo ‘voo’ dos bancos

Dólar fechou abaixo de R$ 5,60, após discurso do presidente do BC tranquilizar o mercado.

bolsa de valores

O Ibovespa, principal índice da B3, fechou em forte alta nesta quinta-feira (21), puxado por indicadores econômicos dos EUA e pelo tom conciliador da reunião entre o presidente Jair Bolsonaro e os governadores que deve aprovar o pacote de socorro aos estados e municípios e o veto ao reajuste dos servidores até 2021, algo esperado para evitar um descontrole maior das contas públicas.

O indicador da bolsa avançou 2,10%, aos 83.027 pontos, apesar da queda nas ações de Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3), de 0,67% e 3,01%, respectivamente. A alta do indicador foi sustentada pelo forte avanço dos bancos. Os papéis do Itaú Unibanco (ITUB4) subiram 5,74%. Já o Banco do Brasil (BBAS3) avançaram 7,06%. Bradesco (BBDC4) teve valorização de 5,55%.

Já o dólar comercial recuou 1,89%, cotado a R$ 5,58, após fala do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre o aumento nas intervenção do câmbio. Ele tranquilizou o mercado, na véspera, ao dizer que o BC tem munição suficiente para usar as reservas internacionais caso seja preciso aumentar a intervenção para controlar o avanço do dólar.

Ficou em boa medida a percepção de que a Selic deve cair, mas não muito mais.

Segundo Campos Neto, há atualmente no Copom “pessoas com visões diferentes sobre o limite da política monetária”. Ele afirmou ainda que os países com dívidas maiores encerram o processo de corte de juros com taxas “um pouco maiores também”.

O impasse comercial entre EUA e China se acentuou, após Donald Trump retomar seus ataques contra o país asiático. Nesta quarta-feira (20), a Casa Branca divulgou um relatório culpando Pequim por atividades “malignas” e criticando a política econômica, regime militar e práticas do governo chinês.

Trump estaria preocupado com as eleições presidenciais americanas marcadas para novembro, as pesquisas estariam apontando que Joe Biden, o concorrente democrata, tem cerca de 50% das intenções de voto, enquanto Trump teria 39%. Apesar de que ainda falta muito para as eleições, a pandemia e os conflitos comerciais com a China afetam o panorama. Foi este estresse que motivou as declarações de Trump.

No começo do dia, os contratos futuros do índice americano S&P 500 quanto os contratos futuros do Ibovespa começaram os negócios com leve baixa.

Índice de confiança

O índice dos Gestores de Compras, Purchasing Managers Index (PMI) em inglês, mostrou aparente recuperação na Europa. Pesquisadores questionaram gerentes de compras de empresas de grande porte sobre a possibilidade de compra no mês seguinte, com o aceno positivo foi reforçada a expectativa de dias melhores para a economia.

Na Alemanha e Reino Unido, estes indicadores mostraram um desempenho melhor do que esperado. O PMI da Zona do Euro subiu da mínima histórica de 13,6 em abril para 30,5 em maio. Na Alemanha, o índice foi de 17,4 em abril para 31,4 este mês e no Reino Unido de 13,8 mês passado para 28,9 em maio.

O Brasil também teve aumento no índice de confiança, segundo um levantamento da FGV, no mês de maio a indústria subiu 2,4 pontos no índice de Confiança da Indústria (ICI), comparado aos 60,6 pontos no mês de abril.

Política

No Brasil, os investidores aguardaram a possível divulgação do vídeo de Bolsonaro pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Celso de Mello, que pode ocorrer até sexta-feira. Enquanto isso, a avaliação negativa do presidente permanece nos mesmos patamares, com reprovação de quase 50%.

Diversos levantamentos apontam também que 57% dos brasileiros consideram a política econômica do governo ruim e que caminha no sentido contrário das necessidades do país.

Com informações da Agência Estado

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