O ciclo de alta da taxa básica de juros (Selic) que começou ainda em 2021, provocou grande busca por ativos de renda fixa nos últimos dois anos. Entre 2021 e 2022, fundos destinados a esse tipo de investimento tiveram captação líquida de R$ 300 bilhões.
Além da alta de juros, incertezas sobre a economia local e externa alimentaram as buscas pela maior certeza da renda fixa. Afinal, mesmo com a bolsa praticamente de lado nos últimos anos, títulos públicos e privados seguiram com rendimentos expressivos, especialmente os pós-fixados a algum percentual da Selic ou do CDI.
O Tesouro Selic, um dos títulos públicos mais populares e seguros, teve rentabilidade bruta de mais de 12% em 12 meses encerrados ao fim de dezembro de 2022. Logo, quem optou por um caminho de estabilidade se deu melhor do que o investidor que apostou tudo em Ibovespa, uma vez que o índice teve retorno nominal (sem considerar a inflação) de 4,68% em igual período.
Com perspectivas de que a Selic possa permanecer no mesmo patamar dos 13,75% por mais tempo dado as medidas econômicas do terceiro mandato de Lula, como o mercado deve reagir neste ano?
Assista ao Cafeína e veja as análises para a renda fixa, juros e inflação.
Veja também
- Renda fixa gringa ainda vale a pena mesmo com queda dos juros dos EUA (tem papel pagando 9% em dólar)
- A festa dos títulos isentos acabou? Calma que ainda tem o after
- Juro alto renova o brilho da renda fixa, mas é preciso olhar para os detalhes
- Expectativa por dinheiro mais barato bomba o Ibovespa – e a renda fixa também
- B.Side compra Galloway Capital e abocanha R$ 1 bi sob gestão