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Comprar imóvel e reformar para revenda dá lucro? Entenda ‘house flipping’

Neste Cafeína, Samy Dana e Dony De Nuccio mostram os prós e contras da modalidade.

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No Brasil, as buscas por reformas aumentaram 67% em 2020 – ano marcado pela pandemia. Já as compras de imóveis para retrofit pensando na revenda aumentaram 42% nesse mesmo período, de acordo com o site especializado Archademy.

O dado sugere que houve uma mudança no comportamento das pessoas com seus imóveis durante a pandemia, logo, houve de fato uma maior busca por melhorias nos lares através de reformas, uma nova decoração ou até a mudança para um imóvel com maior espaço. A dobradinha trabalho e moradia com a adesão ao home office justifica a procura.

E neste cenário, uma modalidade já difundida no mercado americano passou a ser praticada no Brasil: o ‘house flipping’. Plataformas oferecem o serviço em que se busca um imóvel depreciado por um menor preço, reforma e revende por um preço maior que o investido.

Segundo Leonardo Vianna, CEO da Captal, uma plataforma de análise de dados públicos e privados no setor imobiliário e que faz parcerias com incorporadoras, em média espera-se um retorno entre 20% a 35% do que foi investido.

Mas para ter sucesso na empreitada, alguns pontos são cruciais antes e durante a execução do house fliping. Segundo Danilo Duarte, cofundador da Conecta Reforma, uma startup que conecta proprietários de imóveis com prestadores de serviço, além dos custos de aquisição do imóvel e da reforma, é preciso se preocupar com a transformação do layout.  “Como cada cliente tem uma exigência, não adianta nada você fazer uma coisa da sua cabeça se não tem aceitação. Fazer transformações com a finalidade de revenda não se limita a recuperar o reboco, refazer a pintura ou modernizar instalações elétricas. É preciso também modernizar esse imóvel,  já que construções antigas não atendem as novas necessidades”, disse Duarte.

Pontos de atenção

Saber escolher o imóvel e a sua localização é o fator determinante para o sucesso do house flipping. “É na compra que se ganha dinheiro, não exatamente na venda. Engana-se quem pensa que vai conseguir vender por um preço tão acima do preço de mercado”, apontou o cofundadaor da Conecta Reforma.

Logo, pesquisar muito bem as oportunidades existentes para pagar um valor bem abaixo por um imóvel a ser reformado é primordial. Além disso, para que o investimento valha a pena, o ideal é que o custo para fazer as obras necessárias fique em até 15% do que foi pago no imóvel. Caso contrário, o investimento pode não valer a pena.

Neste Cafeína, Samy Dana e Dony De Nuccio mostram os prós e contras da modalidade.

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