O rombo no balanço da Americanas completou mais de dois meses deixando um rastro bilionário no mercado financeiro. Muitos perderam dinheiro, mas também houve quem ganhasse com o declínio financeiro de uma das maiores varejistas do país.
Entre as perdas acumuladas pela própria Americanas e seus credores, fundos como os da gestora Moat Capital – que investia pesadamente nas ações da varejista – chegou a acumular 9% de queda. Mas em termos nominais, ninguém perdeu mais que o trio de acionistas Lemann, Telles e Sicupira. Foram R$ 3,2 bilhões em apenas um dia.
Tamanha desconfiança afetou a Ambev, também cofundada pelo trio, além da companhia de energia Light, que tem Sicupira entre os principais acionistas.
Entre as varejistas, a Via não se favoreceu com o colapso e um clima de maior cautela pairou sobre as recomendações para as ações VIIA3. Entre 13 casas que cobrem a companhia, nenhuma recomendava a compra da ação.
Já Magalu e Mercado Livre tiveram um olhar mais positivo de agentes de mercado para suas ações, acumulando alta de 70 e 40%, respectivamente, após o colapso da Americanas fazer dois meses.
Veja neste Cafeína outras análises sobre o caso Americanas e como o colapso da varejista refletiu em outras companhias.
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