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Finanças

Dólar segue exterior e tem leve alta ante o real, antes de dados dos EUA

SÃO PAULO (Reuters) – O dólar tinha leve alta frente ao real nesta segunda-feira, em linha com os ganhos moderados da divisa norte-americana no exterior conforme investidores aguardavam mais dados econômicos dos Estados Unidos, enquanto agentes locais digeriam o noticiário envolvendo a Petrobras.

Às 10h10 (de Brasília), o dólar à vista subia 0,16%, a R$ 5,2070 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha alta de 0,15%, a R$ 5,2185 na venda.

Esse movimento estava em linha com o avanço de 0,20% do índice do dólar frente a uma cesta de moedas fortes, com investidores à espera dos dados do índice de inflação PCE, o preferido do Federal Reserve, na sexta-feira. Após números de preços ao consumidor deste mês, os mercados adiaram apostas num primeiro corte de juros pelo Fed para setembro.

O mercado também aguarda números do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA referentes ao primeiro trimestre, a serem divulgados na quinta.

Enquanto isso, no Brasil, a Petrobras publicou na noite de sexta-feira um fato relevante em que afirmou que seu conselho de administração “entendeu, por maioria”, como satisfatórios os esclarecimentos da diretoria financeira da empresa de que a distribuição de dividendos extraordinários de até 50% do lucro líquido de 2023 não comprometeria a sustentabilidade da empresa.

Essa notícia “contraria reportagens de sexta-feira que auxiliaram bastante a queda do real, de que a Petrobras pagaria o valor integral desses dividendos extraordinários”, disse Leonel Oliveira Mattos, analista de inteligência de mercados da StoneX.

“Essa mudança de perspectiva a respeito dos dividendos extraordinários da Petrobras de 100% para 50% pode ter um efeito negativo sobre a atração de investimentos externos.”

Na sexta-feira, havia circulado na mídia notícias de que tudo caminhava para que a assembleia geral ordinária de acionistas da estatal decidisse pelo pagamento de 100% dos dividendos extraordinários referentes ao exercício de 2023.

Enquanto isso, investidores seguem de olho nas perspectivas fiscais do Brasil, num momento em que cresceram as apostas em desaceleração do afrouxamento monetário do Banco Central devido aos riscos de deterioração das contas públicas.

Em teoria, um ritmo mais lento de afrouxamento monetário no Brasil seria positivo para o real, uma vez que isso preservaria melhor a rentabilidade do mercado de renda fixa, atraindo investidores estrangeiros.

No entanto, esse impulso poderia não ter efetividade caso fosse motivado por deterioração do risco fiscal, já que esse também é um fator levado em consideração por agentes financeiros na hora de escolher destinos de investimento.

Na última sessão, o dólar à vista fechou o dia cotado a 5,1989 reais na venda, em baixa de 0,99%. (Por Luana Maria Benedito)

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