O Green Climate Fund (algo como ‘Fundo Verde para o Clima’), maior fundo climático do mundo, aprovou alocações recordes para projetos, enquanto os EUA retiraram US$ 4 bilhões prometidos à organização.
Em uma reunião do conselho em Papua-Nova Guiné, o Green Climate Fund aprovou US$ 1,225 bilhão para iniciativas que vão desde a redução dos impactos da desertificação na Mauritânia até o desenvolvimento de mercados de títulos verdes.
“O fundo climático está ampliando suas atividades em resposta às demandas globais por financiamento climático”, afirmou em um comunicado na sexta-feira.
As alocações contrariam uma tendência de escassez de recursos para projetos climáticos.
Os EUA, segundo maior produtor de gases de efeito estufa, retiraram o apoio a uma série de instituições e acordos climáticos internacionais, desde o retorno de Donald Trump como presidente. Já as nações europeias estão se concentrando cada vez mais em gastos com defesa.
Brasil
O fundo climático de US$ 18 bilhões anunciou que investirá US$ 227 milhões na Global Green Bond Initiative (‘Iniciativa Global de Títulos Verdes’), uma parceria com o Banco Europeu de Investimento que promove o desenvolvimento de mercados de títulos verdes em oito países africanos, Brasil e Bangladesh.
Também fornecerá US$ 200 milhões para projetos na Índia, incluindo linhas de crédito concessionais e um mecanismo de compartilhamento de riscos para projetos de financiamento verde.
Outras iniciativas vão desde o financiamento de irrigação no Camboja até a construção de resiliência contra inundações causadas pelo derretimento de geleiras no Nepal.
O fundo, sediado em Incheon, Coreia do Sul, também solicitou propostas de países para sediar escritórios regionais para a instituição.
O Green Climate Fund foi criado por meio de um acordo das Nações Unidas, com 45 nações e contribuiu para seu financiamento inicial.