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Homens são 91% das vítimas de golpes financeiros, diz pesquisa

Criptomoedas foram o produto de investimento mais usado nos golpes financeiros, segundo a CVM.

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Os homens são maioria entre as vítimas de golpes financeiros. É o que aponta uma pesquisa realizada pelo Centro de Estudos Comportamentais e Pesquisas (CECOP) da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). De acordo com o levantamento, homens são 91% das vítimas de golpes financeiros entre os participantes.

A pesquisa ouviu 1.002 pessoas, entre as quais 178 afirmaram ser vítimas de fraudes financeiras. O estudo traçou o perfil das vítimas mais comuns nesse tipo de fraude. Além do sexo masculino, são pessoas com idade entre 30 e 39 anos (36,5%), renda familiar mensal entre 2 e 5 salários-mínimos (23%) e com pós-graduação (38%).

Além disso, os resultados apontam que as pessoas que acabam sendo vítimas de fraudes são investidores com um portfólio menos refinado e menos diversificado.

Segundo o CECOP, quem não caiu em golpes investe mais em ações, fundos de investimento, FII, previdência privada, CDB, LCI/LCA. Em contrapartida, as vítimas investiam mais, proporcionalmente, em poupança, criptomoedas e start-ups. Da mesma forma, muitas pessoas que caíram em golpes não possuíam investimentos financeiros.

Ainda entre os investimentos, as criptomoedas aparecem como o produto de investimento mais citado pelas vítimas de golpes financeiros, sendo mencionadas por 43,3% dos entrevistados.

O levantamento também procurou avaliar como as pessoas caem em golpes. De acordo com o CECOP, o meio de divulgação para fraude mais citado foi o aplicativo Whatsapp (27,5%), seguido pela divulgação boca-a-boca pessoalmente (19,7%). Em seguida ficaram e-mail e ligação telefônica, (12,4% cada).

Quem são os golpistas?

Entre os entrevistados que sofreram golpes financeiros, metade afirmou conhecer o fraudador do qual foi vítima – 28,1% conheciam o golpista pessoalmente, enquanto 21,9% conheciam, mas não pessoalmente, podendo ser um conhecido de um conhecido ou uma pessoa da mídia. 

Já para 29,8% das vítimas o fraudador era um estranho e outros 9% disseram não ter recebido a oferta por terceiros. Por fim, 11,2% não informaram.

Por que as pessoas caem em golpes financeiros?

Entre as pessoas que caíram em golpes financeiros, a maioria diz que isso aconteceu porque a aparência do site do suposto investimento transmitia confiança. Essa resposta foi citada por 39,9% dos respondentes, em um questionário que podia ser respondido com mais de uma opção. As outras respostas mais frequentes foram “outros familiares/amigos já haviam feito o investimento (38,8%)”,” bom atendimento por parte dos profissionais (35,4%)”, “pequeno investimento exigido (30,9%)” e “desconhecimento da modalidade do golpe (24,7%)”.

Os autores do estudo, Isabella Pereira (psicóloga do CECOP/CVM) e Bruno Bruno (analista da CVM) dizem que, além da confiança em terceiros e elementos de credibilidade, como aparência profissional de sites, a personalidade do investidor também está relacionada com o tema.

Segundo eles, são mais propensas a fraudes pessoas com perfil mais voltado ao risco, “ao interesse por fugir do tradicional e a testar produtos inovadores”, como disseram em nota. “Fragilidades financeiras não foram apresentadas como motivos para investimento. Pelo contrário, 35% da amostra afirmou estar em busca de lucro, mas ainda sem objetivo definido.”

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