O Grupo GPA precificou nesta quarta-feira (13) a oferta de 220 milhões de ações na bolsa de valores (follow-on) a R$ 3,20 por papel.
O valor é 3,9% menor se comparado ao preço de encerramento das ações desta quarta no valor de R$ 3,33.
Com a operação, a companhia levantou R$ 704 milhões. A expectativa inicial da varejista era levantar até R$ 1,01 bilhão.
Em comunicado, o GPA esclareceu que a quantidade de ações inicialmente ofertada (no total de 140 milhões) foi acrescida em 57,1% – ou 80 milhões – “destinadas a atender o excesso de demanda constatado no momento em que foi fixado o preço por ação”.
Os coordenadores da oferta são Banco Itaú, BTG Pactual, Bradesco BBI, JPMorgan e Santander.
Endividamento
O mercado tem visto com bons olhos a operação que ajudará a reduzir o endividamento da companhia. Irma Sgarz, Felipe Rached e Gustavo Fratini, analistas do Goldman Sachs, explicam em relatório que a alavancagem da varejista poderá cair para, pelo menos, 4,6 vezes a relação entre dívida líquida e Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização). Até o ano passado, a relação era de 5 vezes.
Hugo Queiroz, sócio fundador da L4 Capital, explica que com o pagamento das dívidas a companhia deve ficar praticamente com um caixa líquido – cerca de R$ 300 milhões de dívida – o que dará fôlego para novos investimentos.
Além disso, em sua avaliação as ações do GPA estão baratas: seu valor de negociação está em duas vezes o EV/Ebitda (indicador que analisa o valor da empresa sobre suas dívidas e taxas), enquanto o setor negocia a oito vezes.
“Os sócios novos estão entrando num momento de um valuation (avaliação) extremamente barato, com uma casa limpa e estruturada para fazer o crescimento futuro”, diz. Queiroz
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