Finanças
Natura cai mais de 10% após divulgar balanço; veja destaques
Petrobras disparou após Citi elevar o preço-alvo para os recibos das ações da empresa negociados nos Estados Unidos.
O pregão desta sexta-feira (12) foi marcado por uma enxurrada de balanços financeiros. Após informar melhoras nas margens, a varejista Magazine Luiza disparou, fechando a sessão com o melhor desempenho do Ibovespa. Por outro lado, a empresa de cosméticos Natura encerrou com a maior queda do indicador, depois que informou um prejuízo maior do que o previsto pelo mercado.
Nesta sessão, as outras varejistas apresentaram desempenhos de acordo com os seus resultados trimestrais. Via, que registrou lucro entre abril e junho, teve alta. Americanas, que teve prejuízo no mesmo período, recuou.
Já o grupo de medicina e planos de saúde Hapvida, que também divulgou lucro operacional acima do estimado pelo mercado, encerrou com a segunda maior alta do Ibovespa.
Falando dos frigoríficos, os papéis de Marfrig subiram após a companhia duplicar seu lucro, enquanto os papéis da JBS recuaram após a empresa reportar queda nos ganhos durante o período reportado.
Entre as companhias que atuam com commodities, o pregão foi positivo especialmente para a estatal Petrobras, após o Citi elevar o preço-alvo para os recibos das ações da empresa negociados nos Estados Unidos.
Confira os destaques registrados no dia:
Magazine Luiza
A Magazine Luiza (MGLU3) encerrou o pregão com alta de 17,76%, para R$ 3,58. A empresa teve prejuízo líquido ajustado de R$ 112 milhões no segundo trimestre, após lucro de R$ 89 milhões um ano antes, mas as margens mostraram recuperação.
Em relatório, Danniela Eiger, Gustavo Senday e Thiago Suedt, analistas da XP Investimentos, escreveram que a empresa apresentou resultados fracos no segundo trimestre de 2022, com uma dinâmica desafiadora de receita apesar de ter apresentado geração de caixa positiva no trimestre, de R$ 1 bilhão, enquanto seus pares comparáveis registraram queima de caixa impulsionada pela redução de estoques e recebíveis.
Natura
A Natura & Co (NTCO3) desabou 10,36%, para R$ 14,28, à frente das maiores perdas do Ibovespa. A empresa apresentou prejuízo líquido de R$ 766,7 milhões no segundo trimestre de 2022 e reverteu, portanto, o lucro de R$ 234,8 milhões no mesmo período do ano passado.
O desempenho negativo veio maior do que o esperado para o segundo trimestre, pressionado por um cenário macroeconômico desafiador e maiores despesas financeiras.
A receita líquida consolidada no trimestre totalizou R$ 8,7 bilhões, com queda de 8,6% em reais e alta de 0,4% em moeda constante.
Via
A Via (VIIA3) ampliou os ganhos para 13,98%, para R$ 3,18, após reportar lucro líquido operacional de R$ 16 milhões no segundo trimestre de 2022, queda de 88% em relação ao mesmo intervalo de 2022, na contramão de Magalu e Americanas que tiveram desempenho negativo.
O Ebitda ajustado operacional subiu 54,2% na mesma base comparativa, para R$ 748 milhões. A receita líquida da varejista ficou em R$ 7,646 bilhões, recuo de 2,9% ante o segundo trimestre de 2021.
Americanas
A Americanas (AMER3) teve recuo de 2,41%, para R$ 12,96, após registrar prejuízo líquido de R$ 98 milhões no segundo trimestre de 2022, uma piora de 15,6% ante o registrado no mesmo período de 2021.
O Ebitda ajustado foi de R$ 843 milhões, alta de 29,2% em relação ao apresentado um ano antes. A receita líquida, por sua vez, foi de R$ 6,7 bilhões, alta de 6,7%.
Hapvida
A Hapvida (HAPV3) disparou 16,97%, para R$ 7,72. A empresa registrou lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado de R$ 582,3 milhões, salto de 86,6% no comparativo anual, acima do previsto pelo mercado. Analistas, em média, esperavam que a Hapvida apresentasse Ebitda de R$ 470,3 milhões, segundo dados da Refinitiv.
Marfrig
A Marfrig (MRFG3) avançou 4,76%, para R$ R$ 14,3, depois de informar avanço de 144,9% no lucro líquido no segundo trimestre, para R$ 4,255 bilhões. A receita líquida da companhia também teve forte alta de 67,6%, para R$ 34,486 bilhões.
JBS
A JBS (JBSS3) caiu 2,62%, para R$ 30,42, depois de reportar lucro líquido de R$ 3,952 bilhões no segundo trimestre, queda de 9,8% ante igual período do ano anterior, com impacto de uma piora nos resultados das operações nos Estados Unidos, onde está a maior parte do negócio da empresa.
Apesar dos recuos, os resultados superaram as expectativas de analistas da Refinitiv. A projeção para o lucro era de R$ 3,24 bilhões, enquanto a perspectiva para o Ebitda estava em R$ 9,708 bilhões.
A JBS registrou uma receita líquida consolidada de R$ 92,2 bilhões, o que representa um aumento de 7,7%.
Commodities
Entre as companhias que atuam com commodities, o destaque foi a Petrobras, que teve forte alta após o Citi elevar o preço-alvo esperado para as ADRs (recibos de ações negociados em Nova York) de US$ 17,4 para U$S 19. A companhia também começou a venda de direitos minerários em potássio na bacia do Amazonas. A mineradora Vale e a 3R Petroleum inverteram o viés de queda e fecharam em alta.
Ação | Variação em % | Cotação em R$ |
PRIO3 | 2,01 | 25,87 |
PETR3 | 8,01 | 34,88 |
PETR4 | 7,19 | 31,71 |
VALE3 | 0,94 | 69,80 |
GGBR3 | 1,70 | 21,55 |
GGBR4 | 2,03 | 26,10 |
RRRP3 | 0,40 | 34,80 |
USIM3 | 2,61 | 9,04 |
USIM5 | 1,71 | 9,51 |
CSNA3 | 3,09 | 16,69 |
CMIN3 | 1,55 | 3,94 |
*Com informações de agências.
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