Ibovespa fecha a semana em alta de 2,78% e retoma os 105 mil pontos

O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, encerrou a sexta-feira (03) e a semana em alta refletindo o otimismo da aprovação da PEC dos precatórios no Senado.

O mercado também acompanhou o dado-chave do mercado de trabalho dos Estados Unidos, que mostrou um aumento de vagas bem menos do que o esperado em novembro, e digerou uma queda na produção industrial brasileira em outubro, conforme divulgou o IBGE.

O Ibovespa avançou 0,58%, aos 105.069 pontos, depois de oscilar entre 104.090 pontos e 106.814 pontos – descolando dos indicadores dos Estados Unidos que encerraram o pregão em queda. Na semana, o Ibovespa teve alta de 2,78%.

O dólar subiu 0,42%, negociado a R$ 5,6823, chegando a um avanço de 1,56% no acumulado dos últimos cinco dias.

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Cenário Interno

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira (02) que em outubro a produção da indústria brasileira registrou recuo de 0,6% na comparação com setembro, acumulando em cinco meses 3,7% de perdas. As pesquisas mostraram ainda que, em relação a outubro de 2020, houve queda de 7,8%.

Nesta quinta-feira (02), o Senado aprovou, em dois turnos, a PEC dos Precatórios, que altera o prazo de correção do teto de gastos pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

A proposta “abre espaço para novas despesas no próximo ano, mas diminui as incertezas fiscais na percepção do mercado”, avaliou a XP em nota matinal.

Alguns investidores haviam mostrado preocupação, nas últimas semanas, com a possibilidade de o governo adotar medidas muito prejudiciais do ponto de vista fiscal caso a PEC não passasse pelo Congresso, uma vez que vê o financiamento de auxílio à população de pelo menos R$ 400 por família como uma prioridade para 2022, ano eleitoral.

Alterado durante a tramitação no Senado, o texto da PEC terá de voltar à Câmara dos Deputados.

Destaques da B3

A ação da empresa de cashback Méliuz disparou mais de 30% liderando as altas do pregão. No vermelho ficaram Marfrig e JBS. Fora do Ibovespa, a Vamos avançou forte em meio ao anúncio de distribuição de proventos. Confira os destaques.

Cenário externo

As expectativas internacionais giravam em torno do relatório de emprego do governo norte-americano, conhecido como “payroll”, nesta sessão, uma vez que o banco central dos Estados Unidos condicionou o aperto de sua política monetária à recuperação do mercado de trabalho doméstico.

A criação de vagas de trabalho nos Estados Unidos aumentou bem menos do que o esperado em novembro. Foram criados 210 mil postos de trabalho fora do setor agrícola no mês passado, informou o Departamento do Trabalho em seu relatório de empregos nesta sexta-feira. Economistas consultados pela Reuters esperavam abertura de 550 mil vagas. As estimativas variaram de 306 mil a 800 mil postos de trabalho.

Sobre a variante Ômicron, que provocou fortes oscilações nos mercados internacionais nas últimas sessões, a XP escreveu que esperanças de que as vacinas atuais devem oferecer proteção contra casos severos da cepa parecem amenizar a volatilidade.

Bolsas Mundiais

Wall Street

Os principais índices de Wall Street abriram em alta nesta sexta-feira, após o crescimento mais fraco que o esperado do emprego nos EUA aliviar parte das preocupações sobre um aperto mais rápido da política monetária pelo banco central norte-americano.

Às 11:34 (horário de Brasília), o Dow Jones que subia virou e encerrou em queda de 0,17%, aos 34.580 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq também virou e fechou a sexta com forte recuo de 1,92%, a 15.085 pontos.

O S&P 500, que também começou o dia em alta, encerrou com perdas de 0,84%, a 4.538 pontos.

Europa

As ações europeias recuaram nesta sexta-feira, atingindo mínimas da sessão depois de perdas nos papéis dos Estados Unidos com o recuo da tecnologia e temores em torno da variante Ômicron do coronavírus.

O índice FTSEurofirst 300 caiu 0,55%, a 1.793 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 perdeu 0,57%, a 463 pontos, depois de oscilar entre perdas e ganhos durante toda a semana em meio a preocupações sobre o potencial impacto da recém-detectada variante da Covid-19, além da guinada favorável a redução de estímulos do Federal Reserve.

Os movimentos do dia deixaram o STOXX 600 em baixa de 0,3% na semana.

• Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 0,10%, a 7.122,32 pontos.
• Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 0,61%, a 15.169,98 pontos.
• Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 0,44%, a 6.765,52 pontos.
• Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,26%, a 25.938,52 pontos.
• Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 0,71%, a 8.241,70 pontos.
• Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 0,12%, a 5.417,41 pontos.

Ásia e Pacífico

Os índices acionários da China fecharam em alta nesta sexta-feira, após ganhos nos setores de consumo básico e de fabricantes de chips, enquanto enormes fluxos de dinheiro do exterior também ajudaram a impulsionar as ações domésticas.

• Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 1,00%, a 28.029 pontos.

• Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 0,09%, a 23.766 pontos.

• Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 0,94%, a 3.607 pontos.

• O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 0,92%, a 4.901 pontos.

• Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 0,78%, a 2.968 pontos.

• Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 0,16%, a 17.697 pontos.

• Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,32%, a 3.101 pontos.

• Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 0,22%, a 7.241 pontos.

Com informações da Reuters

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